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Capital

Preso com arma no colchão tem fiança de R$ 42 mil, mas não deve ser solto

Na Capital, corretor de imóveis é investigado por envolvimento no tráfico internacional de drogas e armas

Por Ana Paula Chuva | 16/05/2024 13:51
Pistola calibre 380 e carregador com 12 munições apreendidos pela PF (Foto: Reprodução)
Pistola calibre 380 e carregador com 12 munições apreendidos pela PF (Foto: Reprodução)

Alvos da operação Sordidum, deflagrada pela Polícia Federal na manhã de quarta-feira (15), Carlos Kleiber de Souza Marques, o “Contenção”, foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. O corretor de imóveis foi alvo de mandados de busca e apreensão e prisão preventiva e escondia embaixo do colchão uma pistola calibre 380 e doze munições.

Equipe da Polícia Federal foi até a casa de Carlos no Bairro Jardim Jerusalém, em Campo Grande, na manhã de ontem e encontraram o corretor de imóveis dormindo no quarto do filho. Os policiais bateram na janela e perguntaram se havia alguma arma no local.

De pronto, o corretor de imóveis informou que guardava uma pistola, usada para defesa pessoal, embaixo da cabeceira do colchão na cama onde dormia com a esposa. A arma estava no lado que ficava encostado na parede.

Os policiais encontraram um coldre maleável ao lado do local onde estava a pistola e concluíram ainda que a arma estava com acesso fácil para o menino de 6 anos, já que apenas uma mesinha de cabeceira ficava na lateral da cama. A esposa do corretor disse não saber da existência do armamento.

Ela também afirmou que Carlos dormia na cama do filho apenas porque a criança teria ido para o quarto do casal durante a madrugada. O corretor de imóveis foi autuado em flagrante pela posse ilegal de arma de uso permitido, mas optou por ficar em silêncio durante o depoimento na sede da Polícia Federal. Ele estava acompanhado do delegado Marcos Ivan Silva.

Na casa, além do armamento e das munições, foram apreendidos dois Iphones modelo X e 7, uma agenda de capa de couro com diversas anotações e um computador Macbook. No entanto, não há detalhes de qual a participação do corretor na organização criminosa investigada.

Hoje, por conta da prisão em flagrante, Carlos passou por audiência de custódia e teve a fiança arbitrada pelo juiz Albino Coimbra Neto no valor de R$ 42.360 para ser solto. O valor até às 13h40 não havia sido pago. No entanto, por conta do mandado de prisão preventiva ele não deve ser colocado em liberdade.

Operação - Ao todo foram cumpridos 64 mandados de busca e apreensão, 25 mandados de prisão preventiva, 11 mandados de prisão temporária, sequestro de 90 imóveis e bloqueio de bens e valores de 80 pessoas e empresas investigadas por tráfico internacional de drogas e armas, evasão de divisas, falsificação de documentos públicos e até tortura em 11 estados da federação.

 Os alvos da polícia estão espalhados pelos estados de Mato Grosso do Sul, Alagoas, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraíba e São Paulo - onde foram cumpridos mandados judiciais nesta quarta-feira (15).  Em MS, foram cumpridos mandados em Campo Grande, Ponta Porã, Caarapó e Bonito.

Grande parte dos alvos estava em Dourados, a 251 km da Capital. Lá, o empresário Claudinei Tolentino Marques, 42 anos, foi preso e a empresa dele, a Referência Construtora e Incorporadora, localizada na Avenida Dom Redovino Rizzardo,  um dos endereços vasculhados. Foi determinado o sequestro de 90 imóveis e bloqueio de bens e valores de 80 pessoas e empresas investigadas.

Outro alvo na cidade sul-mato-grossense foi o empresário Marcel Martins Silva, 35 anos, junto com sua esposa e irmão. Ele também acabou sendo preso em flagrante por conta de duas pistolas e 126 munições encontradas em sua residência durante o cumprimento dos mandados da operação contra esquema de tráfico internacional de cocaína.

O irmão dele, Valter Ulisses Martins Silva, também teve a prisão preventiva decretada, mas não há informação se o mandado foi cumprido. Evelyn Zobiole Marinelli Martins, mulher de Marcel, também foi presa na mesma operação. O mandado contra ela é de prisão temporária (vale por 30 dias).

Marcel é sócio em duas empresas em Dourados. Na Efraim Incorporadora, localizada no Bairro Chácaras Trevo, tem como sócio Alexander Souza. Na Primeira Linha Acabamentos (Av. Weimar Gonçalves Torres), tem como sócio Carlos José Alencar Rodrigues, o Carlinhos. Os dois também foram alvos de mandados de prisão nas operações de ontem.

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