Preso em tentativa de furto a agência se passou pelo irmão adolescente
Suspeito era o vigia dos comparsas durante tentativa de entrar na agencia da cooperativa pelo telhado
Gabriel Lima de Jesus de 21 anos preso juntamente com outros dois suspeitos de tentarem furtar a agencia do Banco Sicredi na avenida Eduardo Elias Zahran na madrugada deste domingo (24) se passou pelo irmão adolescente ao falar o nome em depoimento aos policiais.
Segundo o Batalhão de Choque da Polícia Militar, aos policiais durante a abordagem o suspeito deu o nome do irmão, um adolescente de 17 anos . O suspeito foi preso enquanto vigiava a avenida para que os comparsas -Rubens Martins da Silva e Thalles Sousa de Brito, de 19 e 22 anos- pudessem adentrar na agencia da cooperativa pelo telhado.
Por volta das 3 horas equipes do Batalhão de Choque realizavam rondas pela região e perceberam que o alarme da agência havia disparado. No local, os militares viram o momento em que dois dos suspeitos pularam o muro no ponto em que a cerca elétrica estava danificada e fugiram.
Rubens e Thalles estavam em cima do telhado quando foram abordados. Um terceiro suspeito conseguiu fugir pulando muros.
Durante o flagrante, os militares descobriram um grupo de WhatsApp chamado “Manta” nos celulares dos suspeitos, onde outros integrantes da quadrilha ensinavam a melhor maneira de invadir a agência, como eles deveriam cortar os fios das câmeras de segurança e alarmes e ainda o que deviam fazer para arrombar o cofre.
Várias fotos da laje também foram encontraram no aparelho, indicando que a cada passo a dupla mostrava onde estava para receber as orientações. Segundo a polícia, os integrantes do grupo eram em sua maioria de Goiás e mostravam pleno conhecimento do sistema de segurança do banco Sicredi.
Apenas uma das integrantes do grupo morava em Campo Grande. A mulher de 27 anos, identificada como Priscila Vieira Pavão, foi a responsável por apontar a agência, alugar quartos de hotel para os autores e dar todo suporte aos suspeitos. Para isso, teria recebido R$ 500. Os militares foram à casa da suspeita, mas ela não foi encontrada.
Ainda de acordo com os bandidos, a informações era de que os cofres da agência guardavam R$ 2,5 milhões. O valor seria dividido entre toda a quadrilha, incluindo os integrantes do grupo de WhatsApp. Rubens e Thalles ficariam com R$ 200 mil, enquanto o adolescente levaria R$ 5 mil para ser o ‘olheiro’ da ação.
Vários equipamentos que seriam usados no arrombamento foram encontrados com o trio e também dentro de um Volkswagen Gol, encontrado estacionado em uma rua paralela a Eduardo Elias Zahran. Entre os equipamentos apreendidos, uma "capa da invisibilidade" chamou atenção da polícia. Feita de lona e papel alumínio, a capa impediria que os bandidos fossem detectados pelos sensores instalados no prédio.
Todos os equipamento e também o veículo foram levados para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro. Foram apreendidos: corda, vários alicates de pressão e corte, arco de pua, transformador, esmerilhadeira, marreta, extensão, chaves de fenda, pé de cabra, brocas de furadeira, discos diamantados, serras, talhadeiras, lixas e até facas de serra.