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Capital

Preso em tentativa de furto a agência se passou pelo irmão adolescente

Suspeito era o vigia dos comparsas durante tentativa de entrar na agencia da cooperativa pelo telhado

Mirian Machado | 24/06/2018 15:12
Alguns dos materiais apreendidos com o trio para invadir a agencia (Foto: Paulo Francis)
Alguns dos materiais apreendidos com o trio para invadir a agencia (Foto: Paulo Francis)

Gabriel Lima de Jesus de 21 anos preso juntamente com outros dois suspeitos de tentarem furtar a agencia do Banco Sicredi na avenida Eduardo Elias Zahran na madrugada deste domingo (24) se passou pelo irmão adolescente ao falar o nome em depoimento aos policiais.

Segundo o Batalhão de Choque da Polícia Militar, aos policiais durante a abordagem o suspeito deu o nome do irmão, um adolescente de 17 anos . O suspeito foi preso enquanto vigiava a avenida para que os comparsas -Rubens Martins da Silva e Thalles Sousa de Brito, de 19 e 22 anos- pudessem adentrar na agencia da cooperativa pelo telhado.

Por volta das 3 horas equipes do Batalhão de Choque realizavam rondas pela região e perceberam que o alarme da agência havia disparado. No local, os militares viram o momento em que dois dos suspeitos pularam o muro no ponto em que a cerca elétrica estava danificada e fugiram.

Rubens e Thalles estavam em cima do telhado quando foram abordados. Um terceiro suspeito conseguiu fugir pulando muros.

Gabriel Lima de Jesus de 21 anos, deu nome do irmão adolescente de 17 anos enquanto foi preso (Foto: Divulgação/BPChoque)
Gabriel Lima de Jesus de 21 anos, deu nome do irmão adolescente de 17 anos enquanto foi preso (Foto: Divulgação/BPChoque)

Durante o flagrante, os militares descobriram um grupo de WhatsApp chamado “Manta” nos celulares dos suspeitos, onde outros integrantes da quadrilha ensinavam a melhor maneira de invadir a agência, como eles deveriam cortar os fios das câmeras de segurança e alarmes e ainda o que deviam fazer para arrombar o cofre.

Várias fotos da laje também foram encontraram no aparelho, indicando que a cada passo a dupla mostrava onde estava para receber as orientações. Segundo a polícia, os integrantes do grupo eram em sua maioria de Goiás e mostravam pleno conhecimento do sistema de segurança do banco Sicredi.

Apenas uma das integrantes do grupo morava em Campo Grande. A mulher de 27 anos, identificada como Priscila Vieira Pavão, foi a responsável por apontar a agência, alugar quartos de hotel para os autores e dar todo suporte aos suspeitos. Para isso, teria recebido R$ 500. Os militares foram à casa da suspeita, mas ela não foi encontrada.

Ainda de acordo com os bandidos, a informações era de que os cofres da agência guardavam R$ 2,5 milhões. O valor seria dividido entre toda a quadrilha, incluindo os integrantes do grupo de WhatsApp. Rubens e Thalles ficariam com R$ 200 mil, enquanto o adolescente levaria R$ 5 mil para ser o ‘olheiro’ da ação.

Vários equipamentos que seriam usados no arrombamento foram encontrados com o trio e também dentro de um Volkswagen Gol, encontrado estacionado em uma rua paralela a Eduardo Elias Zahran. Entre os equipamentos apreendidos, uma "capa da invisibilidade" chamou atenção da polícia. Feita de lona e papel alumínio, a capa impediria que os bandidos fossem detectados pelos sensores instalados no prédio.

Todos os equipamento e também o veículo foram levados para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro. Foram apreendidos: corda, vários alicates de pressão e corte, arco de pua, transformador, esmerilhadeira, marreta, extensão, chaves de fenda, pé de cabra, brocas de furadeira, discos diamantados, serras, talhadeiras, lixas e até facas de serra.

Comparsas também foram presos enquanto tentavam entrar pelo teto da agencia (Foto: Paulo Francis)
Comparsas também foram presos enquanto tentavam entrar pelo teto da agencia (Foto: Paulo Francis)
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