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Capital

Preso por 2 mortes fez raio-x com nome falso e se escondeu com perna quebrada

Simei Fonseca de Araújo foi localizado na sexta-feira e teve prisão preventiva decretada nesta segunda-feira

Marta Ferreira | 22/03/2021 16:31
Simei Fonseca de Araújo, 30 anos, quando foi preso por roubo de moto em 2011. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Simei Fonseca de Araújo, 30 anos, quando foi preso por roubo de moto em 2011. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

Durante um mês, Simei Fonseca de Araújo, 30 anos, ficou escondido, com a perna fraturada, sem procurar atendimento porque sabia a existência de mandado de prisão em aberto em seu nome. Acabou descoberto na sexta-feira passada (19) e levado para a cadeia por três motivos: é suspeito de participação em dois assassinados ocorridos neste ano em Campo Grande, além de estar com revólver 38 comprado de forma irregular.

 Ao ser ouvido na DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios), Simei contou ter feito até um raio-x em clínica particular, com documento falso. Disse ter mostrado o exame para enfermeira conhecida, que identificou uma fratura. Mesmo com dores, manteve-se em fuga.

Capturado, foi de muletas participar da audiência de custódia, nesta manhã, quando o juiz Luiz Felipe Medeiros Vieira, plantonista, converteu o flagrante em preventiva. Quando viu que não escaparia da prisão, reclamou das dores e até indicou melhor lugar para ficar. Pediu para ir para a Máxima, no complexo prisional da saída para Três Lagoas.

Conhecido - Simei tem ficha criminal extensa, iniciada ainda na adolescência. Há passagens dele desde 2008, antes de chegar à maioridade. Em  2009, foi preso pela Polícia Feral, por tráfico de cocaína. Em 2011, “caiu” depois de furtar motocicleta avaliada em R$ 40 mil, junto com um comparsa.

Pelos dados oficiais, já havia cumprido as penas dos crimes anteriores. Mas se envolveu em dois homicídios só neste ano e tinha mandado de prisão decretado por esses casos. Uma investigação é da Homicídios e a outra da 5ª Delegacia de Polícia, no Bairro Piratininga. Ambas correm em sigilo para não atrapalhar os andamentos.

O preso estava na carceragem da Depac Cepol, no mesmo prédio onde fica a Homicídios, no Bairro Tiradentes, aguardando transferência para o sistema prisional estadual, com a recomendação de ir para local com assistência à saúde. Ou seja, finalmente vai ter tratamento para a perna fraturada.

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