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Capital

Presos do semiaberto da Capital produzem 2,5 mil pães para doação diária

Projeto "Padaria da Liberdade", instituido há dois anos, doa alimentos para pessoas em vulnerabilidade social

Clara Farias | 22/06/2023 08:46
Presos do semiaberto da Capital produzem 2,5 mil pães para doação diária
Padeiro retirando pães de esteira em estabelecimento de Campo Grande. (Foto: Divulgação/Arquivo)

Projeto "Padaria da Liberdade", com internos do presídio de regime semiaberto de Campo Grande, produz cerca de 2,5 mil pães diariamente. Além de contribuir para a ressocialização, a produção é doada para pessoas em situação de vulnerabilidade social, instituições sociais, pacientes e acompanhantes hospitalares.

A produção da padaria é feita na parte da manhã, por cinco presos, que foram capacitados em panificação e salgados. A jornada de trabalho é de seis horas. A entrega dos pães é realizada na parte da tarde, quando 1.400 pães franceses são destinados a alimentação interna dos presídios, e o restante encaminhado ao programa Mesa Brasil Sesc, que atua contra a fome e distribui a produção entre as instituições cadastradas.

Instituições como Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), Cotolengo e Pestalozzi, pacientes e acompanhantes dos hospitais São Julião e Universitário também são beneficiadas com o Projeto.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul, durante o mês de maio aproximadamente 10.320 pessoas foram alcançadas com o projeto. Ao Hospital Universitário, são encaminhados 100 pães diariamente para os pacientes e acompanhantes, que viajam do interior do Estado para serem atendidos na Capital.

Os internos recebem um salário mínimo por mês para trabalharem na Padaria da Liberdade e os salários são viabilizados por meio de apadrinhamento. O apadrinhamento é feito por parceiros do projeto, em que cada um se responsabiliza pelo pagamento de um dos funcionários.

Para legalizar a venda dos alimentos e emitir a nota fiscal, a Fapec (Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura) da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) "garante" a comercialização dos produtos e gerencia a compra dos ingredientes para a produção.

Na Padaria da Liberdade, foram investidos R$ 210 mil em máquinas profissionais e estrutura, e de acordo com o TJMS, a padaria foi construída com o valor arrecadado e desconto de 10% do salário de cada preso que trabalha em convênio de Campo Grande.

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