Primeiro convênio com Hospital de Câncer só cobre 15% do deficit mensal
O primeiro convênio a ser firmado nos próximos dias entre e a Prefeitura de Campo Grande e Instituto de Prevenção Antônio Morais dos Santos – unidade do Hospital de Câncer de Barretos – vai assegurar repasse mensal de R$ 50 mil, valor que corresponde a menos de 15% do deficit mensal, que é de R$ 350 mil. A falta de recursos financeiros coloca em risco o atendimento no hospital e o MPE (Ministério Público Estadual) vem acompanhando o caso.
Na manhã desta sexta-feira (1), representantes do hospital, da Prefeitura e Conselho Municipal de Saúde explicaram como vai funcionar o convênio, previsto para ser celebrado na próxima semana.
“Esse convênio vai ser uma porta de entrada para que o hospital receba outros recursos públicos. Estamos caminhando para que novas portas se abram em conjunto com município e Estado”, diz a assessora da administração do hospital de Barretos, Lívia Braga Carvalho. Ela explica que até então o hospital é mantido com recursos públicos e doações.
O secretário adjunto de Saúde do município, Vítor Rocha, observou que, embora o repasse mensal seja pouco, dentro da programação orçamentária significa impacto de R$ 600 mil anuais. O valor foi estabelecido com base na produtividade do hospital e valores da tabela do SUS (Sistema Único de Saúde).
“O convênio ajuda, mas não vai resolver”, diz o coordenador do Conselho Municipal de Saúde, Sebastião Júnior Arinos, destacando a importância de ampliar parcerias.
Neste sábado, 02, o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), estará em Barretos (SP) e, segundo informou sua assessoria, foi convidado a conversar “sobre possíveis parcerias com as unidades aqui do Estado, além de intensificar a que já existe entre o Estado e a unidade de Barretos”.
De janeiro a dezembro de 2014 foram feitos 32.754 atendimentos à população e em 2015, 47.471. Foram constatados 14 casos de câncer de colo do útero invasivos e 154 neoplasias intra-epiteliais de alto grau no ano retrasado, bem como 49 invasivos e 138 neoplasias intra-epiteliais de alto grau ano passado. Em relação aos casos de câncer de mama, foram constatados 100 em 2014 e 153 no ano passado.