Professora vira refém em novo golpe de sequestro e é resgatada pelo Garras
A vítima de 65 anos foi isolada pelos bandidos e chegou a entregar a eles R$ 80 mil. Parte do dinheiro foi recuperado pela polícia
Uma professora, de 65 anos, foi mantida refém em um hotel da Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, durante golpe do falso sequestro. Ela chegou a repassar R$ 80 mil aos bandidos antes de ser resgatada por policiais do Garras (Grupo Armado de Repressão a Assaltos, Roubos a Bancos e Sequestros), na manhã desta quinta-feira (25).
No início da madrugada, a vítima recebeu a ligação de criminosos que afirmavam ter sequestrado a filha dela. Por telefone, os bandidos mantaram que ela retirasse os telefones do gancho, desligassem os celulares e fosse para um hotel, onde continuaria a negociar com eles o resgate.
Antes de sair, no entanto, a professora escreveu vários bilhetes pedindo socorro e espalhou pelo apartamento. Pela manhã, os familiares estranharam a falta de contato com a idosa, foram à residência e encontraram os recados, que ainda detalhavam onde ela estava. Imediatamente o Garras foi acionado.
Conforme o delegado João Paulo Sartori, a vítima se hospedou em um hotel da Afonso Pena e foi mantida isolada até às 11 horas, quando deixou o quarto para ir a uma agência bancaria. Lá fez duas transferências eletrônicas para os criminosos, que somaram R$ 80 mil.
Após pagar “resgate”, a vítima recebeu ordens para se hospedar em outro local, na Avenida Mato Grosso, e aguardar as próximas instruções. Antes disso foi encontrada e resgatada pelos policiais da delegacia especializada. A idosa foi forçada a ficar no telefone com os bandidos durante todo o tempo que esteve no hotel e sofreu grave violência psicológica.
Segundo Sartori, a equipe do Garras intermediou o contato com o banco e conseguiu reaver R$ 78 mil . Os outros R$ 2 mil já haviam sido sacados pelos criminosos. As investigações agora tentam identificar os responsáveis pelo golpe e também os titulares das contas em que a vítima depositou o dinheiro do falso regaste.
Orientações - Em casos como este, as pessoas devem telefonar ou enviar mensagens para familiares que confirmem que todos estão bem ou procurem imediatamente a polícia. “Além disso, evite atender ligações de números desconhecidos e em hipótese alguma forneça dados ou informações bancárias, números de documentos, nomes, sobrenomes ou endereço de familiares”, divulgou a Polícia Civil.