Projeto de lei prevê drones em ações de combate ao mosquito da dengue
Ideia é identificar terrenos com focos e notificar o proprietário para resolva a situação
Projeto de lei apresentado na Câmara Municipal de Campo Grande prevê drones - veículos aéreos não tripulados - para identificar criadouros de mosquito Aedes aegypti e, posteriormente, o proprietário do terreno com o foco.
A intenção, de acordo com o vereador José César Matogrosso (PSDB), quem apresentou a proposta, é desenvolver ações de combate à dengue e outras doenças transmissíveis pelo mosquito.
Com os drones, o dono será identificado e intimado a tomar as providências necessárias para eliminar o foco de reprodução. O equipamento capta imagens aéreas em foto e vídeo em alta tecnologia.
O projeto de lei é autorizativo. Portanto, se aprovado pelos parlamentares, não obrigará a prefeitura de Campo Grande a aplicar de forma imediata.
Caso o proprietário não resolva a situação, será aplicada uma punição, que o município terá de regulamentar com normas complementares.
Dados - Balanço de março de 2018, divulgados pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), mostrou que o mosquito contaminou 1.456 pessoas nos primeiros 66 dias de 2018. Foram contabilizados casos de 1º de janeiro a 7 de março, de dengue e chikungunya.
De acordo com a secretaria, nos dois primeiros meses do ano, foram 1.371 pessoas diagnosticadas com dengue – 22% do total de casos notificados em 2017, quando 6.201 pessoas tiveram a doença em Mato Grosso do Sul.
Quase metade dos registros deste ano, 507, foi em Campo Grande. Também este ano, 85 pessoas receberam diagnóstico de febre chikungunya, das quais 28 na Capital. Em 2017, foram 549 casos registrados.