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Capital

Projeto ‘Rotas Acessíveis’ prevê novo planejamento urbano

Coophavila II foi bairro escolhido para ser o primeiro a receber as alterações de estrutura

Natália Olliver | 09/07/2023 15:49
Protesto de pessoas com deficiencia sobre uso de vagas destinadas a PCDs, na Rua 14 de Julho (Foto: Idaicy Solano)
Protesto de pessoas com deficiencia sobre uso de vagas destinadas a PCDs, na Rua 14 de Julho (Foto: Idaicy Solano)

Para melhorar o acesso de pessoas com deficiência a espaços urbanos, Campo Grande participará da primeira fase do ‘Programa Cidade Presente’, em Brasília. O município foi uma das 17 capitais escolhidas para receber orientações sobre melhor acessibilidade, com o ‘Projeto Piloto Coophavila II – Plano de Rotas Acessíveis’. Ao todo, foram 170 propostas inscritas, de 23 Estados.

O evento acontece nos dias 20 e 21, é realizado pela Cooperação Brasil-Alemanha e coordenado pela GIZ e o Ministério das Cidades. Em Campo Grande, o primeiro bairro a receber as alterações, o Coophavila II, foi escolhido devido ao número de pessoas idosas, com deficiência física, mobilidade reduzida e outras deficiências, como visuais e auditivas. O estudo levou em consideração o número de usuários nas categorias que utilizam o transporte público.

Para Raína de Alencar Menezes, coordenadora do Grupo de Trabalho do projeto, a participação social tem sido de grande valia. “É muito valiosa para a construção coletiva do nosso Plano de Rotas Acessíveis. Buscamos, dentro do grupo de trabalho, expandir o olhar técnico e trazer para a discussão as reais dificuldades que as pessoas com deficiência, mulheres, meninas e outros grupos vulneráveis enfrentam ao se deslocar pela cidade”.

Mirella Ballatore, presidente da AMDEFMS (Associação de Mulheres com Deficiência de Mato Grosso do Sul), disse que o projeto abre margem para a esperança: “A construção participativa e atuante, enquanto mulher com deficiência física e auditiva bilateral do Projeto Piloto Rotas Acessíveis, me faz acreditar que estamos indo em direção de tornar a Capital de Mato Grosso do Sul realmente acessível a todas as pessoas”.

Mariana Massud, diretora da Planurb (Planejamento e Monitoramento da Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano), ressaltou que o projeto e inovador e trará inúmeros benefícios.

“Estamos desenvolvendo um projeto inovador, voltado para a comunidade, pensando no planejamento urbano moderno e ordenado, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos campo-grandenses por meio da mobilidade urbana”.

Comissão responsável pelo projeto em Campo Grande (Foto: Divulgação)
Comissão responsável pelo projeto em Campo Grande (Foto: Divulgação)

Plano de Rotas Acessíveis- Em Campo Grande o Plano de Rotas Acessíveis promete garantir a autonomia, o conforto e a segurança para as atividades cotidianas das Pessoas com Deficiência (PCD) e/ou mobilidade reduzida, mulheres, meninas e outros grupos vulneráveis, com a reformulação de passeios públicos qualificados e acessíveis, conectados aos equipamentos públicos e interligados ao transporte coletivo.

A ação é uma obrigatoriedade para aquelas cidades que possuem Plano Diretor. A medida é garantida pelo estatuto da Cidade – Lei Federal n. 10.257, de 10 de julho.

Projeto Cidade Presente - O objetivo é apoiar e promover o desenvolvimento urbano integrado, que tem foco no cidadão, a partir da integração de setores relevantes.

Ele faz parte do portfólio da Transformação Urbana da GIZ Brasil. Este catálogo é formado por projetos voltados para o desenvolvimento sustentável e resiliente ao clima nas cidades brasileiras, além de trabalhar temas como financiamento verde, mobilidade urbana, agenda ambiental nas cidades, entre outros.

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