Protestos avançam pelo País; em Campo Grande, ato será à tarde
Atos públicos lotam Copacabana, no Rio de Janeiro; Esplanada dos Ministérios, em Brasília; e Avenida Paulista, em São Paulo
Enquanto algumas capitais brasileiras já registram mobilizações e protestos em apoio à Operação Lava Jato e contra a corrupção, neste domingo (4), em Campo Grande, a programação de ato público somente à tarde está mantida. Somente um grupo com não mais que oito pessoas se reúne na frente do MPF (Ministério Público Federal), na Avenida Afonso Pena.
De acordo com portais de notícias como G1 e UOL, manifestantes lotam a praia de Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ); a Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF); Avenida Paulista, em São Paulo (SP), entre outras cidades do País. O protesto no Rio de Janeiro estava marcado para às 10 horas e em São Paulo e na Capital Federal para às 14h, todos seguindo o horário oficial de Brasília.
Conforme o G1, manifestantes entraram no espelho d'água em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, e espalham papéis com desenho de ratos. Segundo o site, o animal representa uma crítica aos parlamentares. Em Copacabana o trânsito está interditado.
De acordo com o UOL, há manifestações marcadas para este domingo em mais de 200 cidades brasileiras. Conforme o site, no evento criado pelo grupo do movimento Vem Pra Rua no Facebook, 121 mil pessoas haviam confirmado presença até o começo da tarde deste sábado.
No evento de Campo Grande, criado na mesma rede social, 271 pessoas confirmaram presença e 231 disseram que têm interesse em ir, o evento foi compartilhado com 5,1 mil pessoas.
Em Campo Grande a previsão é para a manifestação começar às 16h, horário local, o ponto de encontro será na Praça de Rádio Clube, também localizada na Avenida Afonso Pena. Os manifestantes pretendem sair da praça e seguir até o acampamento na frente do MPF, onde a bandeira do Brasil será astiada em um guindaste.
Motivos - De acordo com um dos manifestantes que está no acampamento da Avenida Afonso Pena, Djalma Kerpe, 58 anos, o grupo pede o fim da corrupção, apoio a Operação Lava-Jato e rejeição às mudanças no pacote de medidas anticorrupção, aprovadas pela Câmara dos Deputados na quarta-feira (30), e o fim do foro privilegiado.
"É uma barbaridade o que fizerem, enquanto o povo brasileiro se lamentava pela queda do avião do time da Chapecoense os deputados votaram as medidas contra corrupção, sem alarde para o povo não acompanhar", destacou o manifestante lembrando do acidente na terça-feira (27).
Ainda de acordo com Djalma, a manifestação também busca barrar a votação do projeto de lei com medidas contra a corrupção (PL 4850/16) no Senado Federal. "O Renan (Calheiros, presidente do Senado - PMDB) quer votar de forma rápida para livra a pele dele, não podemos deixar isso acontecer", afirmou.