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Capital

"Quando chove, vira um rio", reclama moradora sobre ruas sem asfalto na Capital

Em dias de chuva, moradores de bairros distantes alegam sofrer com alagamentos de ruas e lamaçal

Por Mylena Fraiha e Geniffer Valeriano | 24/10/2023 14:40

Em dias de chuva, os moradores do Jardim Centro Oeste, em Campo Grande, têm enfrentado problema recorrente de alagamentos nas ruas do bairro. Entre as mais afetadas estão a Rua Fidélis Bucker e a Rua Centopeia, que ligam o Jardim Centro Oeste aos bairros Jardim Samambaia e Jardim Los Angeles.

Ao Campo Grande News, moradores relatam que as enchentes tornam a locomoção difícil e causam transtornos para os residentes. Uma repositora de mercado, de 38 anos, que preferiu não se identificar, explicou que a rua fica intransitável em dias de chuva.

"A rua não chega a alagar ao ponto de chegar dentro de casa. É ruim para sair, ainda mais para quem usa moto, que nem eu, porque começa a escorregar. A rua vira um lamaçal", comenta a repositora.

Há uma na década na região, a comerciante Rosineide Gimenes, de 39 anos, relata que o problema não é recente. "Sempre que chove começa uma preocupação. No meu caso, ainda é mais tranquilo, porque moro no lado mais alto da rua. Só que os vizinhos que moram no outro lado da rua sofrem mais, porque é onde passa toda a correnteza".

Na Rua Fidélis, moradores enchem valeta de pedras e restos de material de construção (Foto: Geniffer Valeriano)
Na Rua Fidélis, moradores enchem valeta de pedras e restos de material de construção (Foto: Geniffer Valeriano)

Na tentativa de amenizar a situação, os moradores têm feito esforços para tampar uma valeta na rua com tijolos, pedras e lixo. Entretanto, os resultados são precários, e incidentes perigosos ainda ocorrem.

Os comerciantes da região também são afetados. A manicure e dona de um salão de beleza, Luzia Santos, de 34 anos, descreveu que em dias de chuva o seu estabelecimento é prejudicado. "Quando chove, vira um rio. É só formar o tempo, que a gente já se preocupa. Já perdi clientes por conta da chuva. Quem vai querer fazer a unha e depois sair na lama?"

A manicure Luzia aponta que seu estabelecimento é afetado em dias de chuva (Foto: Geniffer Valeriano)
A manicure Luzia aponta que seu estabelecimento é afetado em dias de chuva (Foto: Geniffer Valeriano)

Luzia também apontou que, devido ao estado precário da via, ela teve que arcar com gastos na manutenção de seu automóvel. "Ano após ano, o asfalto vira só promessa. É algo que até tira a nossa dignidade, porque a gente tenta melhorar o bairro e não consegue. Já fiquei com o meu encanamento exposto e já tive muitos gastos com suspensão e manutenção do meu carro, porque sempre está cortando os meus pneus".

Outras ruas  - O problema de alagamento não se limita à Rua Fidélis Bucker. Também na Rua Centopeia, situada na mesma região, a situação é semelhante. Ana Claúdia Araújo, uma moradora da Rua Centopeia, explicou que já tentou resolver o problema por meio do poder público.

"Olha como está a Rua Centopeia, no bairro Novo Samambaia, o bairro que há menos de um mês foi legalizado pela Prefeitura. A água da chuva está invadindo as casas. Já fiz reclamação na Sisep e me disseram que temos que esperar. Mas não há prazo e venho reclamando desde o ano passado", lamenta Ana Cláudia.

Na Rua Centopeia, a água chega a invadir quintal de residências (Foto: Direto das Ruas)
Na Rua Centopeia, a água chega a invadir quintal de residências (Foto: Direto das Ruas)

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura para obter informações sobre possíveis melhorias na drenagem da região. No entanto, até o fechamento desta matéria, não obteve respostas. O espaço segue aberto.

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