Quase 2 anos depois, Omertà indicia Name, filho e mais 5 por morte de “Playboy”
Marcel Costa Hernandes Colombo, 31 anos, foi executado com tiros de pistola 9 mm em bar da Capital
Um ano e nove meses depois da execução de Marcel Costa Hernandes Colombo, 31 anos, que ficou conhecido como o “Playboy da Mansão”, a Operação Omertà indicou sete pessoas pelo crime. É a segunda acusação de homicídio que recai sobre Jamil Name e Jamil Name Filho desde que a força-tarefa começou a investigar os dois como líderes de milícia armada que agia em Mato Grosso do Sul.
Também estão entre os acusados, os ex-guardas municipais Marcelo Rios e Rafael Antunes Vieira, e o policial federal Everaldo Monteiro de Assis, todos presos. Juanil Miranda dos Santos e José Moreira Freires, que segundo a investigação são os pistoleiros que prestavam “serviços” para a organização criminosa e estão foragidos, completam a lista.
Em nota, o Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros) informou que a investigação contou com "intensa troca de informações com o Gaeco [Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado]" para identificar "mandantes, intermediários e executores".
O inquérito sobre a execução foi concluído nesta quinta-feira (30) e enviado ao MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), a quem cabe acusar formalmente os sete indiciados.
O crime - Marcel foi assassinado a tiros e pistola 9 mm à queima roupa enquanto bebia com amigos em um bar de Campo Grande. A execução foi na madrugada de uma quinta-feira, dia 18 de outubro de 2018.
Conforme boletim de ocorrência, o alvo estava sentado numa das mesas do estabelecimento comercial que fica próximo a calçada, quando o atirador desceu de uma motocicleta e sem tirar o capacete, disparou pelo menos duas vezes nas costas da vítima.
O assassino chegou e estacionou atrás do veículo do Marcel. Após o crime, voltou para a moto e fugiu virando na primeira rua à direita, a José Maria. Toda ação foi filmada pelas câmeras de segurança do bar.
No dia 26 de outubro de 2018, uma semana depois, o empresário Joel Colombo prestou depoimento na 1ª Delegacia de Polícia, em Campo Grande, e contou que o filho tinha uma desavença com Jamil Name Filho por causa de briga ocorrida em casa noturna da cidade anos antes. Relatou ainda que Marcel chegou a procurar o pai do desafeto, o empresário Jamil Name, para pedir desculpas pelo ocorrido.
O primeiro pedido de prisão de Name, de Jamilzinho e do restante da milícia, em setembro do ano passado, traz relatos de que a briga na boate nunca foi esquecida e teria motivado a encomenda da morte. Pai e filho já respondem na Justiça pela execução por engano do estudante Matheus Coutinho Xavier, que morreu no lugar do pai, o capitão reformado da PM (Polícia Militar), Paulo Roberto Teixeira Xavier, segundo a operação.