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Capital

Quatro são condenados por degolar adolescente de facção rival

A quinta pessoa julgada foi inocentada por falta de prova e outra morreu 15 dias antes

Ana Beatriz Rodrigues e Bruna Marques | 09/02/2023 16:31
Quatro réus julgados hoje em Campo Grande. (Foto: Bruna Marques)
Quatro réus julgados hoje em Campo Grande. (Foto: Bruna Marques)

Felipe Uchôas Barão, Matheus Henrique de Oliveira Moraes e Weuller Gabriel Silva de Almeida foram condenados a 16 anos em regime fechado, pelos crimes de homicídio, organização criminosa e cárcere. Mailson Pereira Meaurio, que vigiou o local, foi condenado a 19 anos e 5 meses pelos mesmos crimes, mas como era reincidente a pena foi maior.

Matheus Pereira Fernandes foi absolvido por falta de provas, já Dorvaci Nogueira Bezerra, o dono da casa onde a vítima foi mantida em cativeiro, teve a extinção da punibilidade dele por ter morrido há 15 dias.

Durante os depoimentos, Felipe e Matheus Henrique negaram participação, disseram que não conheciam a vítima e que eles não sabiam o porquê de terem o nome deles citados no crime, “não sei quem matou ele. Eles moram na quebrada, todo mundo é de lá. Amizade tinha quando era moleque, depois começamos ter família é responsabilidade aí separamos”, comentou Matheus, “não sou do PCC, como que eu sou faccionado se eu fui preso em Santa Catarina? É o comando vermelho que comanda lá. Como que eu ia matar um cara do comando vermelho?” finalizou o último réu Felipe, respondendo ao juiz Carlos Alberto Garcete.

O grupo foi apontado por degolar Tiago da Silva de Jesus, 17 anos, no chamado "Tribunal do crime" da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). O caso ocorreu em 2019 e o corpo de Tiago foi encontrado na calçada de uma escola, na Rua Onze Horas, no Jardim das Hortênsias, em Campo Grande.

Crime - No dia 7 de janeiro de 2019, ele foi julgado por 12 horas e morto degolado numa casa do Jardim Botânico por integrantes do PCC. A sentença de morte, conforme a polícia, foi dada por um interno do presídio após o menino, durante uso de drogas, confirmar que seria do CV.

A vítima foi executada no imóvel, na sequência enrolada em cobertores e desovada atrás de um carro velho, na calçada do muro da Escola Municipal Irene Szukala. O adolescente teve a morte divulgada no próprio Facebook horas depois que o corpo foi achado.

A matéria do Campo Grande News, que divulgou o crime, foi compartilhada no perfil de Tiago às 13h20 do dia 8, poucas horas depois de o corpo ser encontrado. A mesma notícia foi enviada à irmã do adolescente por mensagem, junto com o aviso para que a família buscasse o corpo dele na Capital de Mato Grosso do Sul.

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