"Quebra-pau" em delegacia envolve advogada e policial
OAB-MS emitiu nota repudiando ato de violência contra a advogada Luciany Reis
A OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil seccional Mato Grosso do Sul) emitiu nota repudiando ato de violência contra a advogada Luciany Reis, supostamente agredida no início da tarde desta sexta-feira (27), após tentar registrar boletim de ocorrência junto à cliente na 2ª Delegacia de Polícia Civil em Campo Grande.
De acordo com a instituição, ocorreu “ato de violência e de gravíssima violação de prerrogativas praticados por um agente da Polícia Civil”. De acordo com a advogada, o referido agente se negou a registrar ocorrência a sua cliente vítima de falsa acusação de furto em loja de calçados na Capital.
Vídeo da situação mostra acalorada discussão entre o agente e a advogada. Enquanto ele nega que tenha a agredido e dá voz de prisão por desacato, ela alega que ele quem será preso por agredi-la. No começo da gravação a profissional do direito aparece sentada no chão. “Quem é você pra me empurrar, cara? Quem é você?”, ela questiona. “Eu não te empurrei, você que me xingou”, rebate o policial.
Luciany então afirma que o agente tentou tomar o celular de sua mão. “Você acha que você é quem, seu macho escroto”, questiona. “Está vendo? É desacato isso”, ele afirma ao tentar novamente algemá-la. A gravação foi feita pela cliente levada até a delegacia para registrar boletim de ocorrência.
A discussão segue por mais dois minutos até que o vídeo é paralisado. De acordo com o presidente da OAB-MS, Bito Pereira, assim que acionada pela advogada, logo no início da tarde, comissão de defesa e assistência à advocacia foi até o local. “Todas as medidas cabíveis serão tomadas”, garantiu.
Por meio de nota, a 2ª Delegacia de Polícia Civil disse estar a par da situação e “todas as providências estão sendo tomadas”. Ambos foram ouvidos e registraram boletim de ocorrência: ela como vítima de lesão corporal e ele como vítima de desacato. “O procedimento será encaminhado incontinente para a Corregedoria da Polícia Civil para apuração e providências necessárias”.