Radares, mesmo inativos, fazem motorista desacelerar, diz Agetran
Diretor-Presidente da Agência, Janine de Lima Bruno, acredita que a instalação dos equipamentos mudou o comportamento dos motoristas de Campo Grande
Em Campo Grande, sete equipamentos de fiscalização eletrônica, radares e lombadas, já flagram motoristas e fazem condutores reduzirem a velocidade nas vias. Ainda assim, mais equipamentos já foram instalados e ainda não começaram a funcionar. A mera presença dos radares, ainda assim, já faz com que os motoristas “tirem o pé do acelerador”. É o que declarou o Diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Janine de Lima Bruno.
“A presença do equipamento sempre inibe, mesmo que não entrou em operação, o motorista já começou a tirar o pé do acelerador. Só a instalação já mudou o comportamento do motorista”, comentou. A instalação dos equipamentos, explica, devem mudar as estatísticas de mortes no trânsito em Campo Grande, que tiveram aumento em 2018.
“A gente tinha uma redução de mortes na cidade desde 2011, quando ocorreram 132 mortes por ano. De lá para cá, todos os anos a gente veio reduzindo até que chegamos no nossos recorde em 2017, com 70 mortes. Em 2018, com radar desligado, o que aconteceu é que tivemos 84 mortes no trânsito. Quando tem presença de velocidade aumenta a gravidade do acidente, por isso é importantíssimo. Tirando a velocidade a gente já sabe que terá a redução de acidente, principalmente na gravidade do acidente”, pontua Janine.
Confusão e sinalização - Em frente a um supermercado no início da avenida Cônsul Assaf Trad, os radares instalados recentemente têm causado confusão para quem trabalha próximo ou passa no cruzamento com as avenidas Capital e Rodoviária.
Apesar disso, no entanto, os aparelhos só começam a funcionar quando são sinalizados, e mesmo assim, em caráter educativo, ou seja, operam, durante um período estabelecido, sem multar.
“Quando começa a funcionar a gente faz toda a regulamentação, informando a presença. Tem uma sinalização padronizada. São placas indicando a velocidade, placas de fiscalização eletrônica, e antes dela uma placa maior amarela e branca. Sempre quando o equipamento vai entrar em operação a gente coloca aquela faixa sobre o caráter educativo, quando ele vai entrar em operação a gente remove a faixa e começa a entrar em caráter operacional”, explica.
Aferição – A operação dos equipamentos depende de aferição das equipes do Inmeto (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). “A gente determina o local, depois do estudo técnico, quando ele está pronto o Inmetro faz um cronograma de aferições, a gente entra nesse cronograma, então à medida que ele afere, fala que pode entrar em operação”, declara.
Hoje em Campo Grande, os radares já funcionam nos seguires endereços: Rua Ceará, próximo ao viaduto Senador Italívio Coelho; Avenida Afonso Pena, após viaduto Senador Italívio Coelho; Avenida Gury Marques n° 3203 - Universidade Anhanguera, nos dois sentidos da via; Avenida Gury Marques, próximo à Rua Taboão da Serra e Rua Manoel da Costa Lima, 1.404, nos dois sentidos da via.