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Capital

Reforma de projeto assistencial na periferia está sem prazo de conclusão

Secretaria responsável fará reformulação no atendimento, mas ainda estuda o projeto

Guilherme Correia | 22/03/2023 09:50
Reforma de projeto assistencial na periferia está sem prazo de conclusão
Um dos espaços dentro da Unidade Ruth Cardoso, no Dom Antônio Barbosa; local foi fechado para reformas. (Foto: Henrique Kawaminami)

A Rede Solidária Unidade Ruth Cardoso, no Bairro Dom Antônio Barbosa, fechou para reformas e o atendimento para cerca de 30 crianças foi suspenso. Procurada nesta quarta-feira (22), a Sead (Secretaria Estadual de Assistência Social e dos Direitos Humanos) não informou qual o prazo para o retorno das atividades.

No início da semana, os contemplados pelo projeto foram pegos de surpresa com o fechamento da unidade, que oferecia aulas às crianças e serviços assistenciais à comunidade em geral. Inaugurado em 2015, com a presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a entidade chegou a atender 300 crianças, mas viu o serviço minguar no decorrer dos anos.

Questionada sobre o que aconteceria com as dezenas de crianças atendidas, a Sead informou que o atendimento deverá ser feito no Cras (Centro de Referência de Assistência Social), “que garante o atendimento da demanda durante esse processo, sempre em benefício da população”.

A reportagem também indagou qual obra será feita no local, que teria motivado o desmonte e a suspensão no atendimento. Segundo a pasta, a reformulação do programa Rede Solidária, que inclui a unidade no Dom Antônio Barbosa, ainda está em estudo. Estão previstas “novas propostas de atuação e com foco nas famílias das regiões atendidas”.

“Projetos e ações que contemplem as necessidades locais estão em foco, buscando com a reformulação a excelência dos serviços. Questões físicas e pedagógicas estão sendo resolvidas para que esse atendimento seja colocado de forma contínua”.

Reforma de projeto assistencial na periferia está sem prazo de conclusão
Entrada da Rede Solidária Ruth Cardoso, em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)

Desmonte - O programa Rede Solidária foi montado dentro do espaço comunitário da Fraternidade Despertar, desenvolvido no bairro.

Conforme apurado pelo Campo Grande News, na sexta-feira, um caminhão estacionou e o desmonte começou. A apuração verificou que os 17 servidores do local também não estão mais no quadro de pessoal - havia psicólogos, educadores, assistente social, além de funcionários do setor administrativo e atendentes.

Já foram levados móveis, geladeira, freezer e cadeiras. Na brinquedoteca, o que havia sido deixado pela secretaria, também foi levado, ficando para trás itens doados por outros parceiros e entidades. Há outros objetos que foram separados e serão retirados hoje, como os violões da orquestra da unidade, que atende 35 crianças.

O programa atendia 30 crianças, de segunda a sexta, com aulas de reforço. Aos domingos, 70 crianças eram atendidas com atividades, e a comunidade em geral recebia cesta de verduras, arrecadadas do Ceasa, e alimentos em geral. A unidade também mantinha orquestra com 35 integrantes que usavam instrumentos musicais doados no programa.

A unidade - O local foi inaugurado em 13 de novembro de 2015, em evento com a presença do ex-presidente FHC, viúvo da antropóloga Ruth Cardoso, e do então governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

Naquele dia, a informação prestada é que o programa Rede Solidária atenderia “pelo menos 850 pessoas na Capital, sendo que até 2018 os serviços serão instalados também no interior”. Seriam 38 projetos em sete áreas: Educação, Cultura e Esporte; Esporte Cidadão; Escola da Família; Saúde e Prevenção; Segurança Cidadã; Voluntariado; e Horta Orgânica e Trabalho e Renda.

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