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Capital

Réu por matar Gilka com 8 facadas é condenado a 21 anos de prisão

Daniel Souza Lirio sentou no banco dos réus durante toda a tarde desta terça-feira (3), em Campo Grande

Por Gustavo Bonotto e Ana Paula Chuva | 03/09/2024 21:17
Daniel Souza Lirio, durante a sustentação oral da defesa, no Tribunal do Júri de Campo Grande. (Foto: Marcos Maluf)
Daniel Souza Lirio, durante a sustentação oral da defesa, no Tribunal do Júri de Campo Grande. (Foto: Marcos Maluf)

Daniel Souza Lirio foi condenado a 21 anos de prisão em regime fechado pela morte da ex-companheira, Gilka Simony Nunes. Oitava vítima de feminicídio no ano passado, a mulher de 47 anos foi encontrada sem vida com oito golpes de faca no pescoço, no banheiro da casa onde residia, situada nas Moreninhas, durante o início da noite de 4 dezembro de 2023.

Conforme a decisão, expedida no fim da tarde de hoje (3) e assinada pelo juiz de Direito Carlos Alberto Garcete, Daniel terá de pagar uma indenização de 10 salários mínimos aos filhos da vítima. Além disso, o Conselho de Sentença do Tribunal do Júri reconheceu as qualificadoras do crime, incluindo motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio.

Com base na gravidade das circunstâncias, o réu deverá cumprir a pena em um estabelecimento penal de segurança máxima.

À época dos fatos, o réu foi abordado ensanguentado por uma equipe da PRF (Polícia Rodoviária Federal). Daniel disse que havia se desentendido com Gilka e que "teria feito besteira". Ele portava duas facas e também apresentava ferimentos no tórax.

Diante dos fatos, uma equipe da PRF se deslocou até a casa do casal, onde o corpo de Gilka foi encontrado. A residência apresentava diversas marcas de sangue.

Segundo a delegada Elaine Benicasa, titular da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), Daniel disse em depoimento que pouco antes de o crime acontecer, discutiu com a vítima pelo fato de Gilka sustentar o filho, que atualmente está preso por tráfico de drogas.  O casal se relacionava há 7 anos e não tinha filhos juntos.

Depois do crime, o homem saiu de casa e foi em direção à BR-163 com a intenção de cometer suicídio, mas foi encontrado pelos policiais.

Daniel tem passagens pela polícia desde 2008 por ameaça e lesão corporal, no âmbito da violência doméstica, contra as duas ex-namoradas e uma sobrinha. Já Gilka nunca havia procurado a polícia para registrar boletim de ocorrência nem para pedir medida protetiva.

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