Roubo de malote com R$ 60 mil levou polícia a corpo em penhasco
Trio foi preso por suspeita de participação em roubo e confessou homicídio de homem
A prisão dos envolvidos no roubo de um malote contendo R$ 60 mil, ocorrido no mês passado, na cidade de Bela Vista – distante 322 quilômetros ao sul de Campo Grande – fez com que a polícia descobrisse o assassinato de um homem, ainda não identificado, na manhã desta quarta-feira (15), na Capital.
O corpo do homem foi encontrado na tarde de hoje, preso a galhos de árvores, no penhasco da cachoeira do local conhecido como Céuzinho, a 800 metros da MS-080, saída para Rochedo. No entanto, o homicídio teria ocorrido na noite de terça-feira (14).
De acordo com o delegado titular da Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), Bruno Urban, a polícia chegou até o corpo depois da prisão de três suspeitos de terem roubado o malote em Bela Vista.
Os suspeitos, que têm 24, 18 e 17 anos, estavam escondidos em dois bairros da Capital, Santo Amaro e Jardim Zé Pereira. No celular de um deles, apreendido pela polícia, havia um vídeo do assassinato de um homem.
Segundo o delegado, as imagens mostravam os três atirando quatro vezes contra o homem e o esfaqueando. Em depoimento, o trio confessou o homicídio e acabou indicando o local do corpo.
O motivo da execução, conforme os suspeitos disseram a Urban, seria uma dívida que a vítima tinha com eles. Além dos tiros, os suspeitos ainda teriam tentado esquartejar o homem, mas, por conta da situação da faca, não conseguiram. “Estava sem corte”, disse à polícia um dos presos.
Com base na dinâmica do crime, a polícia apura outra versão para o que teria motivado o homicídio, a de que se tratou de um acerto de contas entre membros de facções rivais, já que “houve essa tentativa de esquartejamento, semelhante ao que tem ocorrido na guerra entre facções no país”, disse o delegado.
Resgate corpo - O corpo do homem estava preso em meio arbustos do penhasco da cachoeira, a cerca de cinco metros do curso do córrego. O local é de difícil acesso, por isso, o resgate, feito pelo Corpo de Bombeiros, durou cerca de 1h30.
Policiais civis e a perícia estiveram no local para apurar as circunstâncias da morte. O corpo foi encaminhado ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), onde deve passar por exames que indiquem a identificação.