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Capital

Rua é "remendo sobre remendo" e dificulta trânsito no Bairro Tiradentes

Nos serviços recentes, esfarelamento mostra que tapa-buraco não resiste às próximas chuvas

Por Silvia Frias e Antonio Bispo | 27/12/2023 17:21
Remendo novo mas que já está esfarelando: "sai na próxima chuva", diz morador (Foto/Direto das Ruas)
Remendo novo mas que já está esfarelando: "sai na próxima chuva", diz morador (Foto/Direto das Ruas)

Quando o aposentado Ary Antônio de Brito, 82 anos, vê equipe de manutenção chegar na Rua Ibirapuera, no Bairro Tiradentes, já sabe que será mais um serviço de tapa-buracos. “Isso é só para enganar até a próxima chuva”, reclamou.

Em toda a extensão das oito quadras o que mais se vê são os remendos. Entre as ruas João XXIII e Profº Xandinho, por exemplo, o asfalto mais escuro evidencia que há seis novos tapa-buracos. Na quadra entre as ruas Inácio de Souza e Inácio Gomes, a reportagem contou mais vinte.

Com desnível e com bueiros distantes, água escorre pela rua (Foto: Alex Machado)
Com desnível e com bueiros distantes, água escorre pela rua (Foto: Alex Machado)

Onde há remendo novo, o material já está esfarelando. Nos antigos, os buracos começaram a se abrir novamente. Os reparos, sobrepostos, influenciam na passagem dos carros, que "sacolejam" ao longo do trajeto.

O aposentado não está desiludido à toa. Brito mora ali desde 1979, quando a Rua Ibirapuera era de terra batida. Não se recorda quando o asfalto chegou, mas diz que foi há muitos anos e, depois desse serviço, só viu equipes fazendo tapa-buracos.

Remendos ao longo da Rua Ibirapuera, no Bairro Tiradentes (Foto: Alex Machado)
Remendos ao longo da Rua Ibirapuera, no Bairro Tiradentes (Foto: Alex Machado)

Na semana passada, novamente presenciou a chegada da equipe responsável pelos remendos que estavam a duas quadras de distância. Diz que interpelou o responsável pela obra, perguntando se poderiam jogar piche no asfalto em frente da casa dele, para nivelar a passagem, mas teve o pedido negado.

O pedido tinha como objetivo sanar outro problema. Com apenas quatro bueiros nos 800 metros de rua, em distância de três quadras um do outro, o escoamento, seja da chuva ou da água jogada pelos vizinhos, acaba indo diretamente para o asfalto, abrindo sulcos pelo caminho e retirando material do remendo. “Fica bastante complicado andar de carro, balança muito”, reclamou Brito.

Ary Brito nem se lembra quando a rua foi asfaltada (Foto: Alex Machado)
Ary Brito nem se lembra quando a rua foi asfaltada (Foto: Alex Machado)

A reportagem entrou em contato com a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços) e a informação é que vai determinar à empresa que executou o tapa-buraco para que refaça o serviço. A assessoria informou também que não há previsão de recapeamento da Rua Ibirapuera.

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