Santa Casa de Campo Grande enfrenta crise no atendimento por superlotação
Há 12 leitos para adultos e 53 pacientes no setor, além de o dobro da capacidade no setor pediátrico
A Santa Casa de Campo Grande divulgou nesta segunda-feira (3) um comunicado alertando para a situação extremamente crítica no atendimento, em virtude de superlotação. Ao todo, há 12 leitos para adultos e 53 pacientes no setor, de forma inadequada. Há também três leitos pediátricos e sete pacientes na área.
Com uma capacidade técnica inferior à demanda, o hospital tem enfrentado dificuldades para atender aos pacientes.
Na área vermelha do pronto-socorro, a capacidade de seis leitos é ocupada por 21 pacientes em atendimento, e outros 20 pacientes aguardam leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e enfermaria. Além disso, ainda há a previsão da chegada de mais cinco pacientes graves para essa área, o que agrava ainda mais a situação.
Na área verde do pronto-socorro, a capacidade também é de seis leitos, mas há atualmente 32 pacientes, sendo 26 internados e os demais em observação, aguardando leitos de enfermaria e centro cirúrgico. Outros oito devem chegar na unidade.
Na linha pediátrica, a situação é igualmente preocupante, com sete pacientes graves em atendimento na área vermelha, que dispõe de apenas três leitos com ventilação mecânica. Há ainda a previsão da chegada de mais dois pacientes graves para esta área.
Já na área verde o número fica em 10 pacientes, sendo 7 internados e mais 3 em observação.
Em virtude da superlotação, o hospital não tem condições de receber novos pacientes, o que representa um risco iminente para a assistência prestada aos pacientes. A direção da Santa Casa afirma que tem assumido seu compromisso em prestar assistência adequada, mas a situação atual representa um desafio para a instituição.
As autoridades responsáveis pela regulação do atendimento foram informadas da situação - Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e CRM (Conselho Regional de Medicina).
A Santa Casa de Campo Grande ressalta que o médico regulador é o responsável por encaminhar os pacientes ao hospital e, portanto, é considerada a capacidade técnica do hospital ao realizar os encaminhamentos.
Matéria atualizada às 16h37.