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Direto das Ruas

Com quadro respiratório grave, bebê não consegue tratamento nem na rede privada

Família diz que está há quatro dias em hospital sem equipamento adequado para tratamento

Mylena Fraiha | 30/03/2023 19:40
Bebê de 3 meses está há quatro dias internado, sem tratamento adequado (Foto: Direto das Ruas)
Bebê de 3 meses está há quatro dias internado, sem tratamento adequado (Foto: Direto das Ruas)

Sem receber o tratamento adequado, menino de 3 meses está internado com um quadro grave de bronquiolite e broncopneumonia, no Hospital São Lucas, em Campo Grande. Entretanto, o local não tem o equipamento necessário para o caso do bebê. A família relata que está há quatro dias à espera de uma vaga em um hospital com atendimento adequado.

De acordo com a mãe, Thaís Bento Vaca, de 31 anos, o problema começou como uma gripe comum, mas rapidamente se agravou. “Meu filho precisa urgentemente ser transferido. Ele tá com a máscara de oxigênio porque não está conseguindo respirar sozinho. Quando tira a máscara o saturamento fica baixo e o batimento acelera. E não tem suporte pra ele aqui”, relata.

Segundo Thaís, apesar de receber o atendimento no hospital, o bebê não consegue se alimentar e precisa de oxigênio com suporte ventilatório avançado. “Ele não está se alimentando, porque não consegue mamar. Está usando só essa máscara de oxigênio e tomando antibiótico, mas isso não está resolvendo o caso dele”, explica.

Os médicos solicitaram uma vaga zero, que é considerada urgente, mas a família ainda não conseguiu a transferência do bebê para um hospital com estrutura adequada para o caso.

Encaminhamento - Em resposta à situação, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que está enfrentando uma grande demanda de encaminhamentos de pacientes de hospitais particulares que não possuem estrutura suficiente para atendê-los e acabam sendo direcionados para a rede pública, ou seja, para o SUS (Sistema Único de Saúde).

Além disso, a região está enfrentando um aumento de casos respiratórios, como a bronquiolite, que afeta muitas crianças. A Sesau também explicou que estão recebendo em média 40 pacientes infantis por dia que precisam ser regulados para outros hospitais devido à demanda crescente.

A assessoria da Sesau pontuou que todos os casos são avaliados conforme a gravidade e prioridades estabelecidas, e os pacientes mais graves são priorizados. No entanto, a alta demanda tem sobrecarregado os hospitais da região.

Superlotação - O Hospital Universitário informou que não tem vagas disponíveis no momento, estando com mais de 100% de sua lotação na ala de tratamento respiratório. A reportagem também entrou em contato com o Hospital Regional, que informou não ser responsável por conduzir o processo de transferência de pacientes e, até o momento da publicação desta matéria, a assessoria da Santa Casa não respondeu ao nosso contato.

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