Com quadro respiratório grave, bebê não consegue tratamento nem na rede privada
Família diz que está há quatro dias em hospital sem equipamento adequado para tratamento
Sem receber o tratamento adequado, menino de 3 meses está internado com um quadro grave de bronquiolite e broncopneumonia, no Hospital São Lucas, em Campo Grande. Entretanto, o local não tem o equipamento necessário para o caso do bebê. A família relata que está há quatro dias à espera de uma vaga em um hospital com atendimento adequado.
De acordo com a mãe, Thaís Bento Vaca, de 31 anos, o problema começou como uma gripe comum, mas rapidamente se agravou. “Meu filho precisa urgentemente ser transferido. Ele tá com a máscara de oxigênio porque não está conseguindo respirar sozinho. Quando tira a máscara o saturamento fica baixo e o batimento acelera. E não tem suporte pra ele aqui”, relata.
Segundo Thaís, apesar de receber o atendimento no hospital, o bebê não consegue se alimentar e precisa de oxigênio com suporte ventilatório avançado. “Ele não está se alimentando, porque não consegue mamar. Está usando só essa máscara de oxigênio e tomando antibiótico, mas isso não está resolvendo o caso dele”, explica.
Os médicos solicitaram uma vaga zero, que é considerada urgente, mas a família ainda não conseguiu a transferência do bebê para um hospital com estrutura adequada para o caso.
Encaminhamento - Em resposta à situação, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que está enfrentando uma grande demanda de encaminhamentos de pacientes de hospitais particulares que não possuem estrutura suficiente para atendê-los e acabam sendo direcionados para a rede pública, ou seja, para o SUS (Sistema Único de Saúde).
Além disso, a região está enfrentando um aumento de casos respiratórios, como a bronquiolite, que afeta muitas crianças. A Sesau também explicou que estão recebendo em média 40 pacientes infantis por dia que precisam ser regulados para outros hospitais devido à demanda crescente.
A assessoria da Sesau pontuou que todos os casos são avaliados conforme a gravidade e prioridades estabelecidas, e os pacientes mais graves são priorizados. No entanto, a alta demanda tem sobrecarregado os hospitais da região.
Superlotação - O Hospital Universitário informou que não tem vagas disponíveis no momento, estando com mais de 100% de sua lotação na ala de tratamento respiratório. A reportagem também entrou em contato com o Hospital Regional, que informou não ser responsável por conduzir o processo de transferência de pacientes e, até o momento da publicação desta matéria, a assessoria da Santa Casa não respondeu ao nosso contato.
Direto das Ruas - O pedido de ajuda chegou pelo Direto das Ruas, o canal de interação dos leitores com o Campo Grande News. Quem tiver flagrantes, sugestões, notícias, áudios, fotos e vídeos pode colaborar no WhatsApp pelo número (67) 99669-9563.
Clique aqui e envie agora uma sugestão.
Para que sua imagem tenha mais qualidade, orientamos que fotos e vídeos sejam feitos com o celular na posição horizontal.