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Capital

Santa Casa deve estender restrição da ortopedia por mais 24 horas

Aliny Mary Dias e Renan Nucci | 13/08/2014 15:36
Wilson Teslenco justifica fechamento de ortopedia do hospital (Foto: Marcelo Victor)
Wilson Teslenco justifica fechamento de ortopedia do hospital (Foto: Marcelo Victor)

Após a reunião de urgência com setores de emergência da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) e da SES (Secretaria de Estado de Saúde), na manhã de hoje (13), a Santa Casa deve estender por mais 24 horas a restrição para recebimento de pacientes no setor de ortopedia, que está superlotado. Em razão do grande número de acidentes dos últimos dias, o setor chegou a ter 42 pessoas na fila de espera na noite de ontem.

Em entrevista coletiva na tarde de hoje, o presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), Wilson Teslenco, explicou que o primeiro prazo de 24 horas, estabelecido na noite de ontem, deve ser prorrogado até que o setor volte a poder atender a média de 20 a 25 pacientes por dia.

Das 42 pessoas que estavam na fila de espera ontem à noite, 15 delas estavam em estado grave, com politraumatismo ou fratura exposta. Dessas, sete foram operadas até o início da tarde, no entanto outros seis pacientes deram entrada na ortopedia da Santa Casa.

“Nós não fechamos as portas, ontem à noite comunicamos as entidades reguladoras do setor que a Santa Casa estava lotada. Fomos obrigados a restringir o atendimento devido à grande demanda de feridos desde o dia 1º. Se chegar paciente aqui, nós vamos atender, mas vai ter que esperar o tempo dos outros pacientes prioritários”, explica.

O diretor técnico da Santa Casa, Luiz Alberto Kanamura afirma que há pelo menos dois meses a situação de superlotação não atingia o setor de ortopedia, apesar de sempre operar no limite.

“Boa parte dos acidentados que chegam na Saqnta Casa sofreram acidente de moto, conduzidas por pessoas não habilitadas”, completa ressaltando a importância de um projeto voltado para a diminuição de acidentes.

Durante a reunião de urgência na sede da Sesau, na manhã de hoje, ficou definido que o Hospital Adventista do Pênfigo, que possui convênio com a Prefeitura para atendimentos de baixa complexidade, vai aumentar a oferta de leitos, passando de 6 para 10, todos os dias.

Além disso, a Sesau promete pressionar o Hospital Universitário da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), juntamento com o MPF (Ministério Público Federal), para que a unidade volte a atender pacientes do setor. O secretário Jamal Salém chegou a ressaltar, inclusive, que o hospital recebe verbas para os atendimentos e vem se negando a receber pacientes na ortopedia.

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