Santa Casa garante que só 2 pessoas reclamaram oficialmente sobre apagão

A Santa Casa de Campo Grande garante que tem feito de tudo para evitar maiores transtornos aos pacientes internados, causados por queda de energia recorrente. Segundo o hospital, até agora só duas pessoas oficializaram reclamação.

“É uma situação muito delicada. Tivemos apenas duas reclamações no SAC e na Ouvidoria da Santa Casa ontem, inclusive de uma mãe que gostaria de dar banho no filho e falou com vocês (jornal)", informou a assessoria sobre reportagem publicada pelo Campo Grande News.

Sobre a mãe que reclamou após ser barrada no hospital durante o apagão, a assessoria justifica que "não podemos permitir que essa mãe faça esse tipo de auxílio. Se for uma fratura, algo que no nosso entendimento ela possa auxiliar com uma higienização, tudo bem, mas nesse caso não cabe o auxílio dela”.

Na tarde de ontem, a assessoria de imprensa informou que o problema era nos cabos subterrâneos de energia, o que ocasionou a queda de luz.

Diante da situação, a Santa Casa realizou a transferência dos cabos para a rede aérea. "O hospital tem gerador e a assistência aos pacientes não tem prejuízo. Os pontos críticos, todos estão sendo atendidos pelo gerador. É importante dizer que não tem qualquer gambiarra ou improviso, tudo é feito sob supervisão da Energisa e da Cogera", disse a assessoria.

Acompanhantes de alguns pacientes internados na Santa Casa falaram ao Campo Grande News sobre a situação de familiares durante o segundo apagão no hospital em 24 horas. A última queda ocorreu ontem e a luz foi restabelecida às 3h desta quarta-feira após 14h de trabalho de funcionários da Energisa, concessionária de energia da Capital e da Cogera Energia, responsável pela manutenção dos geradores da Santa Casa.

Helena de Souza, 67 anos, acompanha a filha que faz tratamento contra câncer. “Ontem ficamos todos no escuro. Cheguei aqui por volta das 18h30 e já estava sem luz. Antes disso, a cunhada da minha filha estava com ela e já estava sem energia”, disse a mãe. Ela falou que apesar da falta de luz na ala da filha, o tratamento não foi prejudicado, uma vez que Letícia de Souza, de 45 anos, que luta contra um sarcoma, neste momento, não utiliza qualquer equipamento que precise de eletricidade.

Ademir Nascimento, 55, está acompanhando o pai, Laucídio Nascimento, 77, que sofreu uma convulsão no interior do Estado e foi transferido às pressas para a Capital no domingo passado. “Viemos do interior só para fazer o acompanhamento. A convulsão aconteceu por algumas crises e problemas já relacionados à velhice dele”, contou o operário, que vive em Bela Vista, cidade a 324 km de Campo Grande. "O setor dele não foi afetado porque tinha gerador", disse.

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