Santa Casa retoma dia 24 cirurgias eletivas, com mais de 600 na fila de espera
Hospital já deu início à preparação e agendamento de consultas pré-operatórias; suspensão aconteceu devido à pandemia
Após autorização da SES (Secretaria Estadual de Saúde), hospitais públicos de Mato Grosso do Sul se preparam para retomar cirurgias eletivas, aquelas com data e hora marcadas, pouco mais de cinco meses depois da suspensão. Na Santa Casa de Campo Grande, os primeiros procedimentos estão agendados para o dia 24 de setembro, o que deve acelerar fila de espera com mais de 600 pacientes.
Segundo o hospital, 664 cirurgias eletivas foram canceladas após início da pandemia do novo coronavírus, apenas procedimentos considerados de urgência, principalmente em casos de pacientes da oncologia, ortopedia, ou mesmo plástica, foram mantidos. Nesta lista estavam pacientes que apresentavam risco eminente de vida, ou possíveis complicações e sequelas.
Para retorno das eletivas, o hospital deu início a agendamentos das consultas pré-operatórias, essenciais para que médicos tenham conhecimento da situação dos pacientes e, com isso, melhor preparo para realização de cirurgia.
Ainda segundo informou o hospital, por meio de assessoria de imprensa, os procedimentos serão retomados levando em consideração critérios exigidos pela SES. A resolução prevê que na região onde serão realizadas as cirurgias exista um número apropriado de leitos hospitalares disponíveis, incluindo leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva).
Também deve estar garantida a existência de equipamentos de proteção individual (EPI), além dos insumos necessários para a execução de cada procedimento, ventiladores mecânicos e equipe treinada para tratar todos os pacientes, relacionados ou não à doença covid-19.
Ainda conforme a publicação os hospitais devem instituir uma comissão que vai estabelecer estratégias de priorização da agenda cirúrgica, atento a situação local referente à pandemia da covid-19.
Suspensão – A decisão de paralisar cirurgias eletivas foi anunciada pela secretaria estadual de saúde no dia 20 de março. Conforme o decreto, os recursos humanos e materiais que foram liberados em razão da suspensão, foram direcionados para o enfrentamento da emergência de saúde pública em razão da pandemia.
“Vamos suspender para poder canalizar os recursos para enfrentamento ao coronavírus, além de evitar aglomeração de pessoas nas unidades hospitalares”, explicou o secretário Geraldo Resende, na época.