Secretário fala em epidemia de dengue e não descarta decreto de emergência
Três, das 11 mortes registradas no Estado, ocorrem na Capital, neste ano
O secretário municipal de Saúde, José Mauro Pinto de Castro Filho, já considera epidemia técnica de dengue no município de Campo Grande. Embora o número de notificações ainda não tenha alcançado os 300 casos para cada 100 mil habitantes, a Capital registra o maior número de óbito em Mato Grosso do Sul, foram 3 de um total de 11, entre 1º de janeiro e 12 de fevereiro deste ano.
Além disto, houve aumento de 15% no atendimento nas unidades de saúde da Capital. “Tecnicamente há como confirmar uma epidemia”, afirmou o secretario em agenda pública, na amanhá deste sábado. Considerando o número de 1.671 notificações, numa população de 832.350, portanto, cerca 200 casos para cada 100 mil habitantes.
José Mauro ressalta que em relação a dengue é verificado um aumento das notificações, porém, decreto de situação de emergência, como feito no ano passado, ocorrerá apenas em conjunto com o governo do Estado.
O prefeito Marquinhos Trad relembra que, apesar disto, o número de notificações ainda é menor do que o verificado, à época do decreto, em fevereiro de 2019. Segundo ele, as medidas de prevenção não podem partir exclusivamente do município. “Mais de 80% dos focos de dengue estão em residências particulares”, ressaltou.
Estado – Atualmente, 48 cidades do Estado apresentam índice de dengue considerado de epidemia pela OMS (Organização Mundial de Saúde), com mais de 300 casos notificados por 100 mil habitantes. A situação mais grave é em Pedro Gomes e Corumbá.
Os secretários municipais de saúde destas cidades foram orientados a criar salas exclusivas para o atendimento de pessoas com dengue. A ideia é disponibilizar espaços para o monitoramento diário da doença e reidratação dos pacientes.