Sem limites, alunos se arriscam entre carros em saída de escola
Tumulto é grande na hora do almoço em frente à Escola Estadual Hércules Maymone
O risco de atropelamento é iminente na frente a Escola Estadual Hércules Maymone, na Rua Joaquim Murtinho, em Campo Grande. No horário de saída dos estudantes, por volta de 11h20, pequena mutidão de uniforme verde nem espera o sinal fechar para atravessar a avenida de fluxo intenso, competindo com carros que passam pelo local.
O trânsito já costuma ser tumultuado em horários de pico, porém, as chances de acidentes aumentam com os alunos atravessando fora da faixa de pedestres ou no sentido oposto dos veículos. Embora o trecho seja bem sinalizado, não há agentes de trânsito no local o que deixa os estudantes sem limites durante cerca de 20 minutos após o fim das aulas.
Assim, eles ficam livres para correr e andar pelo meio da rua, entre os carros. Como o grupo é grande, os veículos acabam reduzindo a velocidade, o que também piora o engarrafamento no horário de saída.
Há cinco anos trabalhando na região, a copeira Marli Gomes da Silva, 36 anos, relata transtornos frequentes como freadas bruscas e engavetamento de veículos na tentativa de evitar atropelamento de estudantes. “Todo dia é este tumulto na hora da saída. Os alunos sempre saem correndo na frente dos carros”, afirma.
Risco ainda maior, os alunos enfrentam na entrada do terminal de ônibus localizado em frente à escola. Há apenas uma catraca de acesso ao local, o que provoca superlotação da calçada obrigando parte deles e ficarem na pista onde passam os coletivos. Brincadeiras de empurra-empurra também são comuns entre os alunos, aumentando o risco de acidentes. Veja o vídeo:
Trabalhadores de comércio da região também se queixam do tumulto em frente aos estabelecimentos. E o motivo da reclamação vai além do tumulto no trânsito. "Todo dia neste horário o segurança precisa ficar aqui do lado de fora da loja, porque eles veem ficar aqui aglomerados na escadaria”, relata a entregadora Ellen Caroline, 25 anos.
O Campo Grande News quesitonou a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) sobre ações para evitar o tumulto e coibir excessos dos estudantes. O orgão não falou de medidas a serem adotadas e também não justificou a falta de agentes na região.
A Agetran apenas informou que neste trecho existe uma botoeira que, ao ser acionada, o sinal fecha para os veículos dando acesso aos pedestres ao terminal de ônibus, justamente para preservar a segurança dos alunos.