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Capital

Sem reajuste, professores decidem encerrar greve nas escolas municipais

Alan Diógenes | 19/11/2014 12:15
Fim da greve foi acatado por 95% dos professores durante votação na sede da ACP. (Foto: Marcelo Calazans)
Fim da greve foi acatado por 95% dos professores durante votação na sede da ACP. (Foto: Marcelo Calazans)

Depois de 10 dias sem trabalhar e com o fracasso da greve, os professores de Campo Grande decidiram voltar as aulas. A decisão foi tomada durante reunião na sede da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação), onde 95% dos profissionais votaram a favor da suspensão.

De acordo com o presidente do sindicato, Geraldo Gonçalves, a promessa do prefeito Gilmar Olarte (PP) de apresentar uma nova proposta, após a eleição para presidente da entidade, não foi cumprida. “Mesmo assim informaremos o prefeito sobre o fim da greve e cobraremos qual é a proposta que ele iria apresentar”, explicou.

Os representantes da ACP, ainda irão se reunir às 9h30 desta quinta-feira (19) com a secretária municipal de Educação, Ângela Maria de Brito, para definir como ficará o calendário das aulas, após a paralisação.

Na sexta-feira (14), o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) acatou o pedido da prefeitura e determinou que 80% dos professores retornassem às atividades em 24 horas, sob pena de multa de R$ 25 mil por dia de descumprimento da liminar. A Justiça concedeu liminar, na ADIN (Ação de Direta de Inconstitucionalidade) e suspendeu a lei que prevê o reajuste de 8,46% aos professores, aprovada em maio de 2013 pela Câmara de Vereadores.

Também na terça-feira (18) uma contestação de uma das chapas concorrentes, suspendeu a eleição para a nova diretoria da ACP. O oficial de justiça chegou no local com a ordem para paralisação da votação. A data para uma nova eleição ainda não definida.

Segundo Geraldo, eram três chapas concorrentes, e uma delas, encabeçada por Roberto Benites Ferreira, teria preenchido apenas cinco dos 25 cargos em disputa. Os advogados da ACP estiveram no Fórum da Capital na tentativa de uma liminar que permita a retomada da eleição.

Impasse - Durante toda a greve, os professores rejeitaram diversas propostas de reajuste salarial feita pelo prefeito da Capital, mas em certo momento aceitaram o parcelamento do reajuste em quatro parcelas de 2,12% Mas, sugestão deixou de acatada pela prefeitura. O estudo sobre a concessão do reajuste para a categoria vem sendo protelado desde agosto. O prefeito sempre alegou que existe falta de recursos para que os salários dos profesores fosse reajustado. 

Se o reajuste fosse concedido pela prefeitura, a remuneração inicial dos professores iria passar de R$ 1.564 para R$ 1.697 (100% do piso nacional). Já quem está acima na estrutura de carreira terá o salário aumentado de R$ 2.347 para R$ 2.546.

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