Sem verba federal, secretário diz que projetos da saúde serão encolhidos
Nos primeiros 100 dias, prioridade é garantir atendimento à população, diz novo chefe
Sem dinheiro em caixa para manter os projetos que são pagos com dinheiro do Tesouro municipal, o novo responsável pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), Marcelo Vilela, diz que está fazendo um levantamento de todos os serviços que são arcados pela Prefeitura de Campo Grande. A intenção é reduzir os gastos e conseguir garantir os serviços essenciais.
Nesta primeira semana a frente da pasta, Vilela afirma que vai resolver o problema da falta de remédio e que a prioridade no momento é garantir o atendimento a população.
"Vamos garantir exames, remédios e os serviços essenciais. Nos nossos primeiros 100 dias a prioridade é essa. Depois vamos às questões estruturais. Nosso projeto é fortalecer a atenção básica e reorganizar melhor a urgência e emergência", destacou.
Entre os projetos que deverão ser suspensos ou reduzidos está a equipe móvel, que percorre os postos de saúde mais lotados, e a Consulta Única, que são pagos pela fonte um do Executivo Municipal, ou seja, com dinheiro do tesouro. "Vai ter que ir devagar, por exemplo: consulta única, um projeto maravilhoso, premiado e é pela fonte 1, por enquanto pedimos para dar uma parada e conforme for vamos retomar".
A intenção do secretário é readequar projetos que não têm aval do Conselho Municipal de Saúde para habilita-los e conseguir financiamento do Governo Federal. "Nossa prefeitura está em uma situação financeira bastante grave. Uma UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) praticamente. Vamos ter que readequar e vamos ter que pegar projetos de Brasília para ver se traz recurso para fazer um aporte financeiro", afirmou.
Para começar a organizar os serviços, Vilela disse que conta com a colaboração dos servidores e ressalta que a credibilidade da atual gestão será usada para uma renegociação com os fornecedores. O responsável pela Sesau disse ainda que todas as situações que precisam ser melhoradas travam no cofre.
"Tudo depende de recurso financeiro. Hoje estamos trabalhando com a boa vontade das pessoas em acreditar que vamos melhorar Campo Grande. Estamos pedindo voto de confiança".
A par da situação nos primeiros cinco dias a frente da pasta ele destaca que caso tivesse acompanhado os últimos dias da antiga gestão teria celeridade na solução dos problemas.
"A gente precisa ter uma harmonia, precisa ser convidado. Não houve essa sinalização por parte do antigo gestor e a gente respeita ele. Seria mais fácil se tivesse entrado antes, acompanhado os últimos 20 dias, mas previmos algumas coisas, nos articulamos antes", concluiu.