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Capital

Servidora estadual teria deixado MS após receber ameaça do PCC

Luana Rodrigues e Wilian Leite | 05/09/2016 08:56
Informação foi concedida pelo presidente do Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul), durante manifestação na manhã de hoje (05). (Foto: Marcos Ermínio)
Informação foi concedida pelo presidente do Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul), durante manifestação na manhã de hoje (05). (Foto: Marcos Ermínio)

A servidora Helaine Barros Ton, diretora do Patronato Penitenciário de Campo Grande, teria deixado o Estado na sexta-feira (2), após receber ameaças de integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital). A informação é do Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul), mas a Agepen (Agência de Administração do Sistema Penitenciário) nega que o afastamento da servidora de suas funções tenha sido em decorrência de ameças.

Conforme o presidente do Sinsap, Andre Luiz Santiago, Helaine teria recebido o alerta de autoridades de segurança do Estado. “Policiais interceptaram uma ligação do PCC e, nesta ligação, criminosos diziam que ela (Helaine) e uma servidora de Dourados, estão na lista para morrer. Desesperada, ela deixou o Estado por alguns dias”, disse Santiago.

A afirmação do presidente do sindicato ocorreu durante manifestação dos agentes, realizada em frente ao presídio de segurança máxima de Campo Grande, na manhã desta segunda-feira (05). Cerca de 50 agentes participaram do protesto que pede maior segurança aos servidores.

A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) confirma que a servidora está afastada, mas nega que Helaine tenha deixado o cargo temporariamente por conta de ameaças, mas assume o estado de alerta. “Ela está de férias, tirou uns de descanso, apenas isso. Mas nossos servidores todos estão de sobreaviso, porque existe uma preocupação nacional quanto a ameças. Três agentes sofreram atentados em todo o Brasil nos últimos dias, inclusive um daqui do estado, isso faz com que nós estejamos atentos”, disse Ailton Stropa, diretor-presidente da Agepen.

Conforme o Sinsap, as ameaças a servidores ocorrem porque existem poucos agentes para cuidar de muitos presos dentro das penitenciárias. “Um exemplo é o nosso presídio de segurança máxima, que tem 2308 detentos, o que significa um agente para cada 900 presos, quando na realidade o Conselho Nacional de Políticas Criminais e Previdenciárias, determina um agente para cada cinco detentos”, explica.

Braços cruzados – Durante toda esta segunda-feira (5) haverá redução de todas as atividades da rotinas das cadeias de Mato Grosso do Sul. “Não vamos soltar presos para ir a escola, setor de trabalho ou atendimento psicossocial, haverá somente atendimentos essenciais como alimentação, atendimentos de saúde e banho de sol, previstos em lei”, disse.

A expectativa do sindicato é que todos os agentes penitenciários do Estado participem da paralisação que cobra mais segurança aos servidores do sistema.

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