Silêncio e mistério marcam início de julgamento de acusado de agredir ex
O início do julgamento do universitário Matheus Georges Zadra Tannous, 19 anos, foi marcado pelo silêncio das testemunhas e do suspeito, na tarde de hoje (2), na 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar/Mulher de Campo Grande. Ele é acusado de agredir a ex-namorada Giovanna Nantes Tresse de Oliveira, 19 anos, na noite do réveillon, na Capital. Os depoimentos demoraram cerca de 1h30.
A juíza Simone Nakamatso proibiu que informações sobre os depoimentos do réu e das testemunhas de acusação e defesa fossem divulgadas.
A testemunha de acusação foi o primo de Giovanna, Allan Andrade, 19, possível pivô da briga entre ela e o ex-namorado durante o réveillon. Ele não revelou o teor do seu depoimento, mas afirmou que a oitiva durou somente 16 minutos e ele seria o único parente e amigo da vítima intimado.
A audiência acabou às 15h40 e Matheus, junto com dois advogados, saíram sem falar com a imprensa. A assessoria de imprensa do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) foi proibida de passar quaisquer informações sobre a audiência.
A próxima audiência ocorre no dia 30 de outubro em Londrina (PR), para que Giovanna possa ser ouvida antes do julgamento. Ela se mudou para a cidade paranaense após as agressões.
Agressão - Na ocasião do crime, dia 1º de outubro de 2014, Giovanna e Matheus se desentenderam e iniciaram uma discussão por ciúmes, em um apartamento localizado na Rua São Paulo, no Bairro São Francisco. A estudante foi agredida, segundo concluíram as investigações, com “pisões e cadeiradas” no rosto. Ela foi internada durante a madrugada do dia 1º de janeiro, com quatro fraturas no rosto, duas no maxilar e duas abaixo do olho direito.
Logo que o caso veio à tona, o acusado negou, alegando que Giovanna teria caído, no entanto, a perícia constatou que a confirmação das agressões, entre outras provas, se deu por meio dos ferimentos que a menina apresentava na face, que possuíam as mesmas dimensões dos calcanhares do autor. Os severos traumas e lesões causados exigiram lenta recuperação – a vítima ficou pelo menos 40 dias sem pode ingerir alimentos sólidos.
Matheus chegou a ser preso durante o inquérito, mas conseguiu habeas corpus e responde o processo em liberdade. A universitária se mudou de cidade e hoje vive em Londrina (PR).