Sindicato convoca assembleia contra aumento de jornada e discute greve
Com a revogação da jornada de 30 horas, o Sisem (Sindicato dos Funcionários e Servidores Municipais) convocou assembleia amanhã para discutir o decreto do prefeito Alcides Bernal (PP) e votação de indicativo de greve. A reunião será amanhã, a partir das 18h30, na sede do sindicato.
A estimativa é que a nova medida da prefeitura de Campo Grande atinja 700 servidores. No último dia 8, a administração municipal suspendeu, por meio de decreto, a jornada de 6 horas diárias para servidores públicos. Desta forma, foi retomada a antiga carga de oito horas por dia.
O chamado da assembleia é para integrantes das categorias 1 a 16, com exclusão de agentes comunitários de saúde, agente de combate a endemias, agentes de saúde pública e administrativos da Educação e Ceinfs (Centros de Educação Infantil).
De acordo com o presidente do Sisem, Marcos Tabosa, os agentes já retomaram a jornada de oito horas há dois meses. Ontem, os administrativos da Educação e Ceinfs, que totalizam duas mil pessoas, fizeram assembleia e definiram estado de greve. “Se ele [Bernal] tocar nas seis horas dos administrativos, entram de greve no outro dia”, diz Tabosa.
Determinada no ano passado, a redução de oito para seis horas foi fruto de um acordo firmado entre o sindicato e o então prefeito Gilmar Olarte (PP). Na ocasião, os servidores pediam aumento salarial de 20%, mas, como alegava dificuldades financeiras, Olarte (prefeito afastado) resolveu reduzir a carga horária.
Conforme Bernal, o decreto é uma forma de “melhorar o serviço público e otimizar o trabalho, principalmente dos agentes de saúde, que vão intensificar o combate ao mosquito”. O Sisem fica localizado na rua Otaviano de Souza, 58, bairro Monte Líbano.