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Capital

Servidores da educação ameaçam entrar em greve se jornada de 6 horas acabar

Flávio Paes | 08/01/2016 19:54

Os 2.430 servidores administrativos das escolas municipais e dos centros de educação infantil de Campo Grande, podem decidir entrar em greve numa assembleia programada para a próxima segunda-feira, caso a jornada de 6 horas  seja revogada e eles tenham de voltar a trabalhar o dia inteiro, cumprindo 8 horas de expediente.

Nesta sexta-feira foi publicado o decreto 12.799, do prefeito Alcides Bernal (PP) que revoga o de número 12.646, em vigor desde 28 de maio do ano passado, que instituiu a redução da jornada de forma genérica.

O presidente do SISEM (Sindicato dos Servidores Municipais), Marcos Tabosa, foi convocada para segunda-feira às 193h0  uma assembleia-geral dos trabalhadores.“Vamos ver qual será orientação que eles os funcionários receberão nas escolas e ceinfs. Se de fato, ficar confirmada a volta das 8 horas, com certeza haverá uma reação contundente”.

De acordo com Tabosa, o decreto publicado hoje “é genérico”, atingindo num primeiro momento, aproximadamente 400 servidores, boa parte de nível superior. “Como ele se nega a dialogar com o sindicato, não sabemos a extensão da medida tomada hoje”, avalia.

O sindicalista não se convenceu com a explicação do prefeito de que resolveu restabelecer a jornada de 8 horas por causa do combate ao mosquito da dengue e para melhorar o atendimento prestado à população. “Não tem cabimento. O trabalho das assistentes sociais, psicólogos, merendeiras, como também os administrativos, não tem relação com o dengue . O servidor presta um bom serviço, mesmo havendo um déficit de 2.200 concursados”.

A jornada de 6 horas vinha sendo  adotada desde junho do ano passado para compensar o fato do funcionalismo não ter sido concedido reajuste salarial em 2015. O meio-expediente foi automático para os servidores administrativos da Secretaria de Educação. Nas demais secretarias dependia do aval do titular da pasta. Ainda no ano passado o secretário de Saúde, Ivandro Fonseca, assinou resolução proibindo a jornada de 6 horas na sua área, o que afetou particularmenteos os agentes de saúde.

 

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