Não posso pensar em reajuste salarial de servidor no momento, diz Bernal
O prefeito Alcides Bernal (PP) declarou não ter condições de dar reajuste aos servidores municipais no momento, mas disse trabalhar para reveter a situação. Ele coloca a culpa no seu antecessor, o prefeito afastado Gilmar Olarte, que teria destruído o planejamento de aumento ao funcionalismo por ter deixado o município com o cofre vazio e a prefeitura deficitária.
“Uma coisa é você querer. Eu gostaria muito, mas outra coisa é poder, ter condições”, destacou o prefeito ao final do evento sobre o balanço das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti no auditório do IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande). Bernal admitiu ser uma tema que o preocupa, mas que diante do momento financeiro do município não pode pensar em reajuste.
Bernal não deixou de lembrar que ao sair da prefeitura, o município tinha R$ 696 milhões de recursos vinculados e não vinculados e “o tesouro municipal suportava os reajustes e estava planejado e eu tinha feito economia para custear esses aumentos.” Segundo ele, seu sucessor acabou com o planejamento. “Tudo foi destruído pelo impostor Olarte e aqueles que o acompanhavam. Nós encontramos o cofre furado e uma cidade praticamente abandonada”, lamentou.
Para o prefeito, hoje, depois de quatros meses, ele considera ter superado “grandes dificuldades” e está trabalhando para resolver a questão do reajuste dos servidores. Bernal não quis adiantar nada sobre a possibilidade de aumento ao funcionalismo sem o aval da equipe técnica da secretária de Finanças.
Educação - Sobre os professores, que realizaram greve em 2015 cobrando o reajuste do piso salarial, ele disse que está dialogando com a categoria e que no próximo dia 27 haverá uma reunião com a equipe de finanças e administração com a direção da ACP (Sindicato Campograndense dos Profissionais em Educação) para negociação.
Outro impedimento à possibilidade de qualquer aumento ao funcionalismo municipal seria fato de o índice de comprometimento da receita com a folha de pagamento, que ainda estaria além do que é recomendado pela Lei de Responsabilidade Fiscal, cujo limite prudencial é de 51,3% da receita corrente líquida da Capital. O prefeito não soube dizer exatamente o valor, mas garantiu que já estaria mais baixo que os 54% atingidos na gestão de seu antecessor.