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Capital

Sindicato denunciou caos na saúde em dezembro e diz que problema é “crônico”

Vinícius Squinelo e Lidiane Kober | 22/01/2014 21:19
NA UPA do Coronel Antonino, dez pessoas estão internadas em estado grave (foto: Marcos Ermínio)
NA UPA do Coronel Antonino, dez pessoas estão internadas em estado grave (foto: Marcos Ermínio)

O caos na saúde em Campo Grande já foi denunciado até pelos profissionais que atuam na cidade. O próprio presidente do Sinmed (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul), Marco Antônio Leite, levou o problema ao conhecimento das autoridades ano passado, mas até agora não viu nenhuma solução ser ao menos esboçada.

“A gente fez vistorias nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) em novembro, e em dezembro e foi enviado relatório ao MPE (Ministério Público Estadual), Prefeitura e Secretaria Municipal de Saúde, mas, até agora, não tivemos nenhuma manifestação concreta. Se ninguém reagir, vamos esperar até fevereiro para fazer vistorias e reforçar a denúncia”, afirmou Marco Antônio, em entrevista ao Campo Grande News.

Segundo ele, o problema é crônico, mas vem se agravando nos últimos meses. “Pacientes com AVC (Acidente Vascular Cerebral) e infartados realmente estão aguardando dias nas UPAs por vagas em hospitais, os médicos ligam para a regulação e a ordem que vem é para aguardar”, contou.

Marco Antônio ainda reconhece que a espera aumenta as chances de o estado do paciente se agravar e informou que a situação é ainda pior porque faltam medicamentos nos postos.

Denúncia – Hoje o Campo Grande News voltou a denunciar a falta de vagas em hospitais de Campo Grande, que deixa pacientes em estado grave internados e agonizando em alas improvisadas nas UPAs e Centros Regionais de Saúde. Cerca de 50 pacientes, incluindo-se alguns em coma, aguardam a abertura de vaga em hospitais e sob risco de morte.

Só na UPA do Bairro Coronel Antonino, na saída para Cuiabá, nove pacientes, sendo cinco na linha amarela (menos grave) e cinco na vermelha (gravíssimo), estão internados em estado grave. Um dos casos é da dona de casa Luzia Gonzales, em torno de 50 anos.

Ela foi internada no início da tarde de segunda-feira na UPA da Vila Almeida com pressão alta. Segundo a irmã, a dona de casa Matilde Gonzales, 42, ela passou a respirar com a ajuda de aparelhos. No dia seguinte, a equipe médica recomendou a transferência da paciente para a UPA do Bairro Coronel Antonino.

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