Sindicato reúne médicos e nega ameaça de demissão em massa
A orientação é de que os profissionais continuem registrando a frequência nos pontos eletrônicos
Apesar do descontentamento de parte dos servidores da saúde na Capital, contrários à adoção dos pontos eletrônicos nas unidades de atendimento, entre os médicos, a expectativa é de que o registro eletrônico não gere polêmicas. Após assembleia com os profissionais, na noite desta quinta-feira (16) o Sindicato dos Médicos de Campo Grande, informou que não compactua com nenhuma ameaça de demissão em massa.
“Mas que respeita a decisão individual de cada médico, caso queira pedir a demissão”, informou o sindicato. Como previsto, o presidente da entidade, Flávio de Freitas Barbosa, orientou todos os profissionais a registrarem a frequência nos pontos.
“Caso haja descumprimento da medida os profissionais podem ser penalizados administrativamente”, completa o sindicato. Ainda conforme o Sindicato dos Médicos o encontro desta noite foi tranquilo e não teve nenhum posicionamento contrário a medida.
Entre os médicos, a resistência seria principalmente de profissionais que atuam em regime ambulatorial. Que são aqueles que atendem apenas os pacientes agendados e habitualmente “encerram” o expediente, assim que concluídos todos os atendimentos, independente do horário.
Com o receio de que os profissionais temporários peçam a demissão a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) já havia informado que deve fazer um concurso público até o fim do ano para contratação de médicos e outros profissionais de saúde.
Pelo menos 60% dos 1,1 mil médicos da Capital são temporários, ou seja, podem ser demitidos ou se demitirem a qualquer tempo. Vale ressaltar que o registro de frequência nos pontos eletrônicos se estende para todos profissionais de saúde e de outros setores e serviços dentro dos postos. A medida é uma exigência da Justiça, após ação do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).
Represálias
Na última semana, a prefeitura identificou cinco pontos eletrônicos danificados. Dois no CEM (Centro de Especialidades Médicas), um no CRS (Centro Regional de Saúde) da Cophavila e nas Upas (Unidades de Pronto Atendimento) do Leblon e do Coronel Antonino.
Dois do Centro de Especialidades estão com a Polícia Civil para perícia e o restante na secretaria de Saúde, que verifica se os equipamentos ainda podem ser utilizados após conserto.