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Capital

"Só pensava em orar", diz condutora de carro preso em correnteza

Caso aconteceu durante as chuvas desta terça (9), no Bairro Mata do Segredo

Gustavo Bonotto e Thays Schneider | 09/05/2023 17:20

A chuva forte que caiu durante a tarde desta terça-feira (9), em Campo Grande, fez a motorista Maria de Fátima da Silva Domingues, de 44 anos, ficar presa na correnteza que se formou entre as ruas Brisas de Zaragoza, Veridiana e Tenente Tennesse, no Bairro Mata do Segredo.

Acompanhada do filho de 13 anos, a condutora do Chevrolet Celta prata voltava do bairro Nova Lima durante o início da chuva. "Só percebi a intensidade da água quando perdi o controle do veículo. O carro começou a girar, e foi nesse momento que comecei a gritar e pedir por socorro", pontuou Maria para a reportagem.

Foram 30 minutos de muito sufoco, nunca mais vou esquecer", afirmou Maria de Fátima.

Ainda assustada, Maria disse que foi socorrida por uma equipe da Polícia Militar, acionada por uma motociclista que também passava no local. "Fiquei muito assustada e toda hora pedi para Deus acabar logo com a chuva. Só pensava em rezar. Quando a polícia chegou, me concentrei em ajudar meu filho, que também estava assustado. Passei ele pela janela e só pensava nele".

O soldado Chamorro, da PM (Polícia Militar), foi um dos responsáveis pela retirada junto ao Corpo de Bombeiros. "Em dois anos de trabalho, nunca passei e nunca imaginei que estaria em uma situação como essa", explicou.

Veículo foi arrastado por correnteza, no bairro Mata do Segredo. (Foto: Thays Schneider)
Veículo foi arrastado por correnteza, no bairro Mata do Segredo. (Foto: Thays Schneider)

Molhado, o soldado disse que a prioridade era retirar ambos do veículo em segurança. "Não sei de onde tirei forças para ajudar. Só vi que por pouco eles não caíram no córrego, já que a água estava batendo no para-brisa".

Conforme noticiado pelo Campo Grande News, a ação ocorreu por volta das 15h, e segundo moradores dos condomínios Villas de Castilha 1, 2 e 3, sempre que chove a água da nascente transborda a ponte que fica na Rua Veridiana.

Para evitar o alagamento dos residenciais, é possível ver uma bacia de contenção na lateral de um dos prédios, mas nesta terça-feira o recurso foi insuficiente para evitar, por exemplo, o alagamento de um estacionamento.

Outros locais de chuva forte - A região norte foi a mais atingida pelo temporal desta tarde. A Escola Estadual Lino Vilachá, que fica na Rua Jerônimo de Albuquerque, no Bairro Nova Lima, teve salas alagadas. A Avenida Cônsul Assaf Trad, que dá acesso aos bairros de umas das regiões que registram o maior crescimento imobiliário da cidade, também foi tomada pela enxurrada.


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