Sob pressão, vereadores aprovam aumento de R$ 35,4 mil para prefeita
Categorias dependem de aumento do chefe do Executivo para obterem reajustes em seus salários
Os vereadores acabaram de aprovar reajuste que eleva de R$ 21,2 mil para R$ 35,4 mil o salário da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota), ainda neste mês e um segundo aumento, em fevereiro de 2025, que elevará a remuneração do cargo para R$ 41,8 mil. A cada voto, servidores faziam barulho em pressão para que o aumento fosse aprovado.
O aumento vinha sendo discutido desde o ano passado, porque dele dependem os reajustes para outras categorias, como auditores fiscais, odontólogos e trabalhadores vinculados à Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana), que cobram a prefeitura.
Por fim, os vereadores desarquivaram um projeto de lei proposto anteriormente e aprovaram dois reajustes, o que na prática representa um escalonamento. Foram 18 votos favoráveis e 10 contrários ao projeto que concede o reajuste de 66%.
Já o projeto para elevar para R$ 41,8 mil - aumento de 18% -, a partir de fevereiro de 2025, teve 26 votos favoráveis e dois contrários.
Votaram contra os vereadores Tiago Vargas (PSD) e José Jacinto Luna Neto, o “Zé da Farmácia” (Podemos). O parlamentar fez questão de destacar que hoje o salário mínimo é de apenas R$ 1.302.
Não fui eleito para votar a favor da categoria e sim do que é certo. Esse não é o momento de votar reajustes salariais”, disse Tiago Varga.
O vereador André Luís da Fonseca, o “Prof. André” (Rede), votou a favor dos dois projetos, mas fez um alerta às categorias, explicando a situação do município que já está gastando demais com salários.
“Lembrando que o voto positivo não significa que vocês terão o reajuste, porque tem a lei da responsabilidade fiscal. Então vocês mesmo [auditores] vão ter que dar um jeito na arrecadação”, disse André Luís.