Sob risco de perder mestrado, arquiteta pede vacina da Janssen na Justiça
Aulas da jovem começam em 1º de setembro no Canadá, que exige vacinação para adentrar no País
Arquiteta recém-formada de Campo Grande exige na Justiça a vacina contra covid-19. Com 24 anos, ela não está em nenhum dos grupos prioritários para receber a vacina, mas foi aceita em mestrado de universidade do Canadá e precisa estar imunizada para adentrar no país.
Em mandado de segurança impetrado contra a Prefeitura de Campo Grande, a jovem informa que as aulas do mestrado em que foi aprovada começam em 1º de setembro deste ano, sendo necessário que ela tome a vacina e esteja imunizada antes dessa data.
No Canadá, as únicas vacinas aceitas são da Pfizer, Moderna, Astrazeneca e Janssen. Destas, apenas a da Moderna não é aplicada no Brasil. No entanto, dentre essas, a única que respeitaria o tempo propício para a estudante chegar ao Canadá para início das aulas é a da Janssen.
“Dessa maneira, considerando o prazo à disposição da Impetrante, anterior ao início das aulas do curso de mestrado (01.09.2021), bem como as vacinas admitidas pelo Governo Canadense, e os imunizantes recebidos pelo Município de Campo Grande, tem-se, que, o recomendado, in casu, seja a aplicação da vacina Janssen, do Laboratório da Johnson & Johnson, pois trata-se de dose única”, pede a estudante.
A justificativa do pedido é “grave ameaça ao direito” dela em ingressar no programa de pós-graduação canadense. Ainda não houve análise do juiz da 1ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos, Marcelo Andrade Campos Silva.
Segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), a pasta ainda não foi notificada da ação, mas lembra que caso não siga o PNI (Plano Nacional de Imunização), o município pode inclusive ser penalizado pelo Governo Federal.
A reportagem entrou em contato com o advogado da jovem, mas ele não atendeu ao telefonema.
