ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEXTA  22    CAMPO GRANDE 25º

Capital

Sob sigilo, empreiteiro presta depoimento à Força Tarefa criada pelo MPE

Paulo Yafusso e Michel Faustino | 12/08/2015 20:34
Empreiteiro, dono da Egelte, Egídio Comin foi o primeiro a prestar depoimento ao MPE (Foto: Reprodução)
Empreiteiro, dono da Egelte, Egídio Comin foi o primeiro a prestar depoimento ao MPE (Foto: Reprodução)

A Força Tarefa criada pelo MPE (Ministério Público Estadual) para investigar na esfera estadual os alvos da Operação Lama Asfáltica, realizada no início do mês passado por órgãos federais, começou a fase de depoimentos. Ontem a tarde, durante mais de duas horas o empresário Egídio Comin foi ouvido pelos promotores designados para a tarefa. Ninguém do MPE quis dar informações alegando que o caso está sob sigilo, mas o Campo Grande News apurou que o dono da empresa Egelte chegou por volta das 14h acompanhado de dois advogados, e só deixou o prédio da PGJ (Procuradoria Geral de Justiça) por volta das 17h.

Nessa primeira fase de depoimentos cerca de 10 pessoas foram intimadas a comparecer à PGJ para prestar depoimento. Tudo indica que as oitivas serão conduzidas pelos promotores Thalys Franklyn de Souza e Tiago Di Giulio Freire, já que ambos, conforme Portaria do procurador-geral de Justiça, Humberto de Matos Brites, são os únicos da Força Tarefa que estarão totalmente a disposição para cuidar dessa investigação. Além disso, somente os dois estão cumprindo expediente na PGJ.

No total 7 promotores que atuam na área de Defesa do Patrimônio Público estão trabalhando na investigação, dando suporte aos dois colegas que ficam na PGJ. A equipe também já está compartilhando documentos e informações obtidas pelos órgãos que participam da Operação Lama Asfáltica, como a Polícia Federal e a CGU (Controladoria Geral da União).

Os promotores também estão analisando a possibilidade de pedir o bloqueio dos bens dos investigados, se for verificada a necessidade de adotar procedimentos para que haja a devolução de recursos, caso fique comprovada a participação de algum deles em esquema que cause prejuízo ao Estado. A equipe criada pelo MPE vai apurar apenas os projetos que envolvam recursos do Governo do Estado.

Já as investigações no âmbito da Lama Asfáltica são referentes a corrupção de servidores públicos estaduais e fraudes em licitação, na execução de obras com recursos da União. No último dia 9 de julho, equipes da PF, CGU e Receita Federal cumpriram mandados de busca e apreensão nas casas e empresas dos alvos da Operação, e também na Agesul (Agência Estadual de Empreendimento). A PF diz que o esquema que resultava em desvio de recursos públicos era executado por uma “organização criminosa”, coordenada pelo empreiteiro João Alberto Krampe Amorim dos Santos, dono da Proteco.

Nos siga no Google Notícias