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Capital

Som acaba às 22h em ponto e corrente da Guarda dispersa foliões em 40 min

Região da Esplanada foi esvaziada, multidão avançou a madrugada nas ruas do Centro, mas sem o som e confusões que deixavam moradores loucos em anos anteriores.

Danielle Valentim | 03/03/2019 07:00
Na imagem é possível ver servidores da Guarda trazendo a multidão. (Foto: Henrique Kawaminami)
Na imagem é possível ver servidores da Guarda trazendo a multidão. (Foto: Henrique Kawaminami)

Se depender do campo-grandense, o Carnaval de rua continua em 2020. Conforme o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) entre o município e o MP/MS (Ministério Público Estado) que garantiu a festa na Esplanada Ferroviária, às 22h em ponto o som que embalava as marchinhas do Cordão Valu se encerrou. Após isso, bastou 40 minutos para que toda a quadra que abrange o armazém cultural ficasse vazia.

As equipes da Guarda Municipal que estavam no local se uniram com a famosa técnica de “corrente humana” para levar a multidão dos fundos da Feira Central até a Avenida Mato Grosso. Com a quadra desocupada, parte do “mar de gente” se concentrou no cruzamento da Avenida Mato Grosso com a Calógeras e outra metade ao redor do Monumento Maria Fumaça.

Quadra do Armazém vazia e concentração no cruzamento da Avenida Mato Grosso com Calógeras. (Foto: Henrique Kawaminami)
Quadra do Armazém vazia e concentração no cruzamento da Avenida Mato Grosso com Calógeras. (Foto: Henrique Kawaminami)
Mutidão ao redor da Maria Fumaça. (Foto: Henrique Kawaminami)
Mutidão ao redor da Maria Fumaça. (Foto: Henrique Kawaminami)

Até as 21h30, a multidão somava cerca de 40 mil pessoas, conforme apuração da Guarda Municipal. Mas as 23h, os foliões foram entendendo o recado de “fim de festa” e se reduziram a um grupo de cerca de 10 mil pessoas.

Sem confusão, mas com batuques e caixas de som aleatórias, os foliões decidiram ficar e mudaram a concentração para a esquina da Avenida Calógeras com Marechal Cândido Mariano Rondon, mesmo ponto onde no ano passado houve dispersão sob bombas de efeito moral.

Próximo à meia noite, a equipe da Polícia Militar e a Cavalaria deixaram o cruzamento e se dividiram entre as esquinas da 14 de Julho e Ernesto Geisel. No entanto, sem retirar as pessoas do meio da rua.

Região ficou tomada pelo lixo. (Foto: Henrique Kawaminami)
Região ficou tomada pelo lixo. (Foto: Henrique Kawaminami)
Após a meia noite, muitos foliões já tinham deixado o local. (Foto: Henrique Kawaminami)
Após a meia noite, muitos foliões já tinham deixado o local. (Foto: Henrique Kawaminami)

Conforme os militares, a prefeitura interditou as ruas e autorizou a montagem de barracas na Avenida Mato Grosso entre a Rua 14 de Julho e Calógeras e, por isso, não poderiam impedir que os pedestres tomassem a via. A única restrição era com carros de som depois das 22h, o que foi cumprido pela garatoda que em anos anteriores costumava colocar o funk para tocar até amanhecer no cruzamento da Calógeras com a Mato Grosso.

Equipes da Guarda Municipal permaneceram no cruzamento para evitar qualquer confusão, mas também não continuaram a dispersão, com a justificativa de que não tinham mais poder de polícia para desobstruir as ruas.

A reportagem da Campo Grande News permaneceu no local até as 00h30 e a multidão ainda tomava conta das ruas centrais.

Como prometido pela Prefeitura, a Guarda Municipal e a Polícia Militar aumentaram seus contingentes. Além disso, o Executivo disponibilizou banheiros públicos suficientes para atender a demanda.

Região da Maria Fumaça pouco depois da dispersão da quadra do Armazém Cultural. (Foto: Henrique Kawaminami)
Região da Maria Fumaça pouco depois da dispersão da quadra do Armazém Cultural. (Foto: Henrique Kawaminami)
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