Subcomandante da Guarda é afastado e entrega arma após denúncia de assédio

Um subcomandante da GCM (Guarda Civil Metropolitana) foi afastado da função, conforme determinação da Sesdes (Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social), publicada em Diário Oficial. A decisão vem depois da denúncia de assédio sexual, que levou a abertura de investigação, envolvendo ele e outros dois guardas contra alunas do curso de formação.

O afastamento preventivo foi publicado nesta segunda-feira (28). No texto, assinado pelo secretário Valério Azambuja, a Sesdes justifica que a decisão serve pela "gravidade do fato" e para "fim de melhor apuração da ocorrência". Como medida cautelar, o subcomandante teve a suspensão do porte de arma e precisou entregá-la.

Denúncia - Constam na denúncia - que chegou através do MP (Ministério Público) - guardas que exercem função de chefia. O caso começou a ser investigado no dia 27 de setembro quando um candidato/aluno procurou a Sesdes para reclamar de estar sendo prejudicado, pois um instrutor estaria "pegando leve" com outra aluna, sem muita cobrança, inclusive dando carona a ela depois das aulas.

As alunas envolvidas no episódio procuraram a Câmara Municipal e o Ministério Público. Elas revelaram que algumas, inclusive, foram obrigadas a "ficar" com os instrutores, em troca de notas no curso.

"(...) a Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social determinou, por recomendação em Sindicância Investigativa, a instauração de Processo Administrativo Disciplinar, suposta conduta irregular de Guardas Civis Metropolitanos, enquanto instrutores escalados para lecionar no curso de formação da GCM, contra as candidatas do curso técnico de formação", diz documento do MP.

Por esse motivo, os guardas foram afastados do curso de formação, mas dois continuam atuando internamente. A Sesdes - pasta responsável pela GCM - declarou que "não coaduna com práticas de assédios morais ou sexuais advindas de seus servidores em especial daqueles designados para serem instrutores do curso de formação”.