Guarda investiga caso de assédio sexual contra alunas durante curso de formação
Três guardas apontados como autores de assédio sexual ocupam cargos de chefia na GCM
A Corregedoria-Geral da Sesdes (Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social) abriu sindicância investigativa para apurar uma denúncia de assédio sexual envolvendo três guardas civis metropolitanos, instrutores do curso de formação. A denúncia chegou à pasta através do MP (Ministério Público).
Informações apuradas pela reportagem do Campo Grande News são de que constam na denúncia membros da cúpula da Guarda, como um chefe de base da GCM (chefe de região), um subcomandante e um guarda que atua como segurança da prefeita da Capital, Adriane Lopes (Patriota).
O caso começou a ser investigado no dia 27 de setembro quando um candidato/aluno procurou a Sesdes para reclamar de estar sendo prejudicado, pois um instrutor estaria "pegando leve" com outra aluna, sem muita cobrança, inclusive dando carona a ela depois das aulas.
As alunas envolvidas no episódio procuraram a Câmara Municipal e o Ministério Público. Elas revelaram que algumas, inclusive, foram obrigadas a "ficar" com os instrutores, em troca de notas no curso.
"(...) a Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social determinou, por recomendação em Sindicância Investigativa, a instauração de Processo Administrativo Disciplinar, suposta conduta irregular de Guardas Civis Metropolitanos, enquanto instrutores escalados para lecionar no curso de formação da GCM, contra as candidatas do curso técnico de formação", diz documento do MP.
Por esse motivo, os guardas foram afastados do curso de formação, mas continuam atuando internamente. A abertura da sindicância foi publicada em Diário Oficial do Município, no dia 11 de novembro.
A Sesdes - pasta responsável pela GCM (Guarda Civil Metropolitana) - declarou que "não coaduna com práticas de assédios morais ou sexuais advindas de seus servidores em especial daqueles designados para serem instrutores do curso de formação”.