Tapa-buracos com os pés? Prefeitura explica 'novidade' contra crateras
Ação foi flagrada nesta quarta-feira (6), na avenida Hiroshima
Operário usando os pés para compactar a massa asfáltica e tapar um buraco na Avenida Hiroshima, região do Carandá Bosque, chamou a atenção de quem passava pela região, na tarde de quarta-feira (6). Para quem já desconfiou de que o serviço estava sendo feito de forma displicente ou incorreta, a Prefeitura vem com uma explicação: trata-se de uma "novidade" que dá mais rapidez.
Consultada pela reportagem sobre o flagrante na Hiroshima, a Prefeitura informou que, para tentar acelerar o serviço de tapa-buraco na Capital, começou a utilizar recentemente uma massa fria em pequenas erosões. Nesses casos, não há necessidade de uma grande equipe e nem do uso de rolo compressor para compactá-la nos buracos, o que agiliza o trabalho, explica a fonte oficial.
Por enquanto, os trabalhos estão concentrados somente na Avenida Hiroshima, mas há previsão de serem ampliados para o restante da cidade.
Normalmente, as equipes contratadas pela prefeitura para a operação tapa-buraco seguem sempre o mesmo passo a passo durante os trabalhos. Primeiro, é feito um corte ao redor da erosão, a deixando com um formato geométrico.
Em seguida, os operários limpam, medem e compactam a base do buraco, que recebe um produto usado para dar mais aderência à massa. Por fim, a massa asfáltica, conhecida como CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente), é despejada com uma temperatura a 150ºC. O produto é espalhado por toda erosão e o rolo compressor finaliza o serviço.
Nesta quarta-feira (6), ainda segundo as informações da Prefeitura, 24 vias estavam no cronograma do tapa-buraco. Ele é anunciado todos os dias no perfil de Facebook da administração municipal, onde também foi publicado gráfico com o passo a passo do serviço.
Já o uso da massa fria, por enquanto, se concentra somente na Avenida Hiroshima, que está sendo totalmente recapeada. Conforme a prefeitura, enquanto as máquinas e equipes do recapeamento não chegam, a massa fria é usada como ação paliativa para tapar os pequenos buracos. O próprio fluxo do trânsito serve de compactador da massa.
Em relação ao custo, conforme o Executivo municipal, o valor das duas modalidades é praticamente igual, mas na massa fria há menos desperdício.
Nesta terça-feira (5), ainda segundo a prefeitura, foram tapados 288 buracos utilizando 41 toneladas de CBUQ nas seis regiões da Capital. Hoje, estavam previstas no cronograma do tapa-buraco as avenidas Senhor do Bonfim, Ministro João Arinos, Três Barras, e Joaquim Dornelas, além das ruas Jeribá, da Divisão, Vitor Pace, Jussara, Antônio Siufi, Jatobá, Goiás, Levinda Ferreira, Sete de Setembro com Rio Grande do Sul, Antônio Oliveira Lima, Sebastião Lima, Dom Aquino, Cândido Mariano, Petrópolis, Melvin Jones, Francisco Pereira Coutinho, Botafogo, Rosa Maria Lopes Contos e Nefe Pael.
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