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Capital

Terrenos abandonados e com mato alto são contraste no Centro da Capital

Paula Vitorino | 26/01/2012 14:17
Terreno rodeado por comércios na rua Espírito Santo. (Fotos: Marlon Ganassin)
Terreno rodeado por comércios na rua Espírito Santo. (Fotos: Marlon Ganassin)
Mato alto e entulho tomam conta de terreno em plena avenida Mato Grosso.
Mato alto e entulho tomam conta de terreno em plena avenida Mato Grosso.

Em meio aos comércios da região central, no bairro Jardim dos Estados, o mato alto e o abandono de terrenos são um contraste no cenário. Além de representar perigo para a região, os terrenos acumulam lixo e são viveiros para ratos e animais peçonhentos.

Ao lado de dois comércios, na rua Espírito Santo quase esquina com a avenida Mato Grosso, um terreno é motivo de diversas reclamações antigas.

“A gente já ligou na Prefeitura, já tentamos falar com o proprietário, mas nada adianta”, diz a vendedora de uma loja vizinha, Neuza Zimpel, de 42 anos.

Ela conta que constantemente ratos e caramujos entram nos prédios vizinhos. “Vive saindo bicho dali. Nossa porta do fundo tem sempre que ficar com um pano para evitar que esses bichos entrem”, diz.

A vizinha ainda reclama do cheiro ruim que sai do terreno e reclama que mesmo com tantos problemas nunca tomaram as devidas providências com o terreno. “A gente já pensou até em fazer vaquinha para mandar limpar, mas a obrigação não é nossa, né?”, questiona.

A faixa de vende-se no terreno foi arrancada e a reportagem não conseguiu contato com o proprietário do local.

Próximo ao local, na avenida Mato Grosso entre as ruas Bahia e Rio Grande do Sul, outro terreno já virou até depósito de entulho de obras vizinhas. Por conta do mato alto, a vendedora Juliana Matiase, de 27 anos, diz que “quando começa a escurecer eu já sinto medo”.

Ela diz que o local pode servir de esconderijo para bandidos, principalmente por ser em uma região de comércio, onde o movimento é menor durante a noite.

Os pernilongos e o cheiro forte que saem do terreno também são incômodos. “No nosso quintal não tem local que acumula água, mas aí no terreno tem um monte de local”, diz.

A reportagem entrou em contato com o corretor de imóveis do terreno, que informou que os proprietários estão morando em São Paulo e não poderia se responsabilizar pela limpeza do local.

Já o responsável pelo canteiro de obras ao lado do terreno, Carlos Costa dos Santos, de 44 anos, informou que as madeiras e entulhos jogados na área serão retirados em até 15 dias, com a conclusão da obra.

Responsabilidade - Segundo a legislação municipal, a responsabilidade pela limpeza e conservação de terrenos particulares compete ao proprietário.

A legislação estabelece que os proprietários dos imóveis são responsáveis, ainda, pela construção de calçadas e por mantê-las em perfeito estado de conservação. Os terrenos devem ser mantidos limpos, capinados, drenados e calçados.

O proprietário que descumprir a exigência pode ser notificado, recebendo o prazo de 30 dias para regularizar a situação. Se mesmo assim o terreno não for limpo, o proprietário pode receber multa que varia de R$ 1.542 a R$ 6.170 mil.

Em 2011, foram aplicadas 21.741 notificações a proprietários de terrenos particulares. A população pode denunciar para a Prefeitura Municipal terrenos que estejam abandonados por meio do telefone: 3314-3151.

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