ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEGUNDA  04    CAMPO GRANDE 28º

Capital

Teste de alcoolemia de motorista que atropelou Emanuelle deu negativo, diz PM

Engenheiro cartográfico, de 62 anos, ainda não foi ouvido pela Polícia Civil

Adriano Fernandes e Marta Ferreira | 11/03/2021 20:51

Rotatória onde ocorreu o atropelamento. (Foto: Kísie Ainoã)
Rotatória onde ocorreu o atropelamento. (Foto: Kísie Ainoã)

O engenheiro cartográfico, de 62 anos, que matou a estudante de Direito Emanuelle Aleixo Gorski, de 21 anos, atropelada na noite desta quarta-feira (10), não estava dirigindo embriagado, segundo a Polícia Militar. A informação inicial era de que o condutor não havia sido submetido a exames após a batida, no entanto, conforme a instituição o engenheiro passou, sim, por teste de alcoolemia que deu negativo para ingestão de bebida alcoólica.

Até esta manhã também não haviam sido encontrados registros da Polícia Militar sobre o acidente. Contudo, o órgão confirmou à reportagem que o BPTran (Batalhão de Trânsito da Polícia Militar) atendeu a ocorrência. O atropelamento ocorreu por volta das 21h40 de ontem.

Emanuelle estava de bicicleta quando foi atingida na Avenida Desembargador José Nunes da Cunha, pela caminhonete S10 que era conduzida pelo engenheiro. O condutor havia acabado de sair da Avenida Mato Grosso e bateu na lateral da bicicleta enquanto contornava a rotatória para seguir em direção ao Parque dos Poderes.

Conforme apurado pelo Campo Grande News junto à família do engenheiro, ele acionou o socorro e permaneceu no local até por volta de 2h da manhã. Emanuelle foi resgatada pelo Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência) e morreu 1h depois na Santa Casa de Campo Grande. O BPTran (Batalhão de Trânsito da Polícia Militar) atendeu a ocorrência, mas o boletim da corporação não havia sido divulgado ao longo desta quinta-feira (11).

Como a vítima não morreu na hora, e sim no hospital, a Polícia Civil não foi no local do acidente. O boletim de ocorrência sobre o caso só foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, cerca de 12 horas depois do ocorrido.

Pelo menos dois frentistas de um posto de combustíveis presenciaram o acidente, mas nenhuma das testemunhas foram ouvidas. Nem mesmo o engenheiro, que segundo a família está sob sedativos, e por isso teve o depoimento remarcado para a semana que vem.

A investigação sobre o caso ficou a cargo do delegado Wilton Vilas Boas, da 3ª Delegacia de Polícia Civil. Ele vai requisitar as informações da PM sobre a ocorrência. A caminhonete S10 também foi apreendida nesta tarde e será periciada, assim como o local do acidente.

O caso foi registrado da Polícia Civil inicialmente como morte a esclarecer, mas há possibilidade de que a tipificação da ocorrência mude para homicídio no trânsito, durante o período de conclusão do inquérito, que é de 30 dias.

Nos siga no Google Notícias