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Capital

Tia reclama de atendimento a garoto que morreu após ir a posto: "imprudência"

Família afirma que estrutura adequada e olhar sensível poderiam ter salvado o adolescente de 13 anos

Por Dayene Paz e Raíssa Rojas | 01/02/2025 13:19
Tia reclama de atendimento a garoto que morreu após ir a posto: "imprudência"
Tia de adolescente conversou com o Campo Grande News em frente ao local onde acontece velório. (Foto: Paulo Francis)

Khevin tinha apenas 13 anos e uma longa jornada pela frente. Mas, morreu na quinta-feira (30) no Hospital Regional, em Campo Grande. Sem diagnóstico e nem causa da morte, a família acredita em imprudência na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Leblon, onde o adolescente procurou atendimento médico com dores intensas.

A tia do garoto conversou com o Campo Grande News na manhã desse sábado (1º) e preferiu não ter o nome divulgado. Enquanto familiares se despediam do menino durante o velório, a familiar demonstrou indignação e pediu olhar sensível do poder público.

Ela conta que sobrinho procurou a UPA Leblon durante a tarde de quinta-feira com dor abdominal e nas costas. "Ele tinha que ter tido uma avaliação mais profunda. Porque um menino de 13 anos entrar num pronto socorro, em um pronto atendimento da UPA e não ser feito um exame?", questiona.

A tia afirma que o médico pediu um ultrassom. "Mas não pediu um exame de sangue, um diagnóstico completo desse menino de 13 anos, que saiu de lá em menos de 6 horas. Depois, voltou com falta de ar, perca de movimentos. De lá ele saiu intubado para o Hospital Regional", conta.

A familiar afirma que um olhar mais sensível e estrutura poderiam ter salvado o sobrinho. "Precisamos de um raio-x dentro desse atendimento, de um laboratório de exames para fazer um hemograma completo. A autoridade tem que olhar por nós pobres", diz.

A tia ainda comenta que o médico chegou a receitar antibiótico. "Passa uma cefalexina e manda para casa? nosso UPA do Leblon não tem nada. Hoje perdemos um menino de 13 anos que tinha uma vida pela frente. O guri não tinha nada, para a UPA dispensar a gente por dor nas costas. Será que ele não estava com início de pneumonia?", questiona.

No mesmo dia, outro jovem, de 14 anos, também morreu pouco tempo depois de procurar atendimento em um posto de saúde do Bairro Coophavila, na Capital. Ele sentia fortes dores no peito. A família afirma que se o atendimento tivesse sido diferente, o menino ainda poderia estar vivo.

A Secretária Municipal de Saúde, Rosana Leite, informou que uma sindicância será aberta para apurar as circunstâncias dos dois casos. "São graves e vamos apurar se todos os procedimentos foram tomados. Será aberta sindicância e, caso necessário, processo administrativo", disse.

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