TJ nega pedido para que serial killer seja ouvido em um só dia sobre 5 mortes
Cleber de Souza Carvalho já é reu por duas mortes e faltam cinco interrogatóriosa serem feitos pela Polícia Civil
Por unanimidade, desembargadores da 3ª Câmara Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) negaram nesta quinta-feira (21) apelação criminal da defesa de Cleber de Souza Carvalho, 43 anos, o “Pedreiro Assassino”, para que fosse determinada a realização em um único dia dos interrogatórios que ainda faltam ser feitos pela Polícia Civil sobre crimes confessados por ele.
Matador de sete pessoas, às quais assassinou a pauladas, e depois enterrou os corpos, Cleber é réu em duas ações criminais. Para os outros cinco casos, o inquérito está em andamento e o serial killer ainda não foi ouvido pelo delegado responsável, Carlos Delano, da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio).
O criminoso está preso desde 15 de maio.
Sob alegação de que a imagem de Cleber foi exposta, por causa de fotografia divulgada pelo Campo Grande News, e de ter havido quebra do sigilo das informações do inquérito, o advogado Jean Carlos Cabreira tentou primeiro junto à 2ª Vara do Tribunal do Júri o agendamento dos depoimentos em única oportunidade.
Pediu para isso ser feito fora da delegacia, de preferência no presídio onde está o “Pedreiro Assassino”, o IPCG (Instituto Penal de Campo Grande).
A solicitação foi negada pelo titular da Vara, Aluízio Pereira dos Santos. Em seu despacho a respeito, o magistrado entendeu não ter havido violação aos direitos do réu, e argumentou que o delegado, na fase de apuração, tem autonomia para decidir como conduzir os trabalhos.
Também observou que o processo é aberto e a sociedade tem direito de saber dos passos em relação aos crimes.
Na avaliação da autoridade policial, ouvida nessa etapa, cada interrogatório do acusado exige preparação prévia e por isso não há como fazer isso em um único dia.
Insatisfeita, a defesa recorreu ao TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), onde a apelação foi a julgamento nesta quinta-feira.
Três desembargadores entenderam que não cabia atender à solicitação do advogado, assim como havia se manifestado o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).
Sem data - Ainda não há previsão sobre quando os outros depoimentos serão tomados. A defesa do “Pedreiro Assassino” alegou insanidade mental dele à Justiça no primeiro processo aberto contra ele, referente à morte do comerciante José Leonel Ferreira dos Santos, 62 anos, encontrado morto no dia 7 de maio.
O exame psiquiátrico foi feito esta semana. Só depois de o laudo ser anexado à ação criminal vai ser definido o próximo andamento dos autos.