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Capital

Trabalhadores rejeitam proposta e greve continua nas creches

Aliny Mary Dias e Kleber Clajus | 12/05/2014 10:40
Após recusar proposta, trabalhadores protestam em frente da prefeitura (Foto: Marcos Ermínio)
Após recusar proposta, trabalhadores protestam em frente da prefeitura (Foto: Marcos Ermínio)

A proposta do prefeito Gilmar Olarte (PP) de reajuste salarial de 8%, diminuição de jornada de trabalho de 8 para 7 horas por dia e licença-maternidade de 6 meses aos trabalhadores de Ceinfs (Centro de Educação Infantil) da Capital não foi aceita em assembleia e a greve das creches continua. Trabalhadores, que se reuniram na Praça do Rádio Clube na manhã desta segunda-feira (12), seguiram em passeata e protestam na frente da Prefeitura da Capital.

Segundo o Senalba (Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional), uma comissão de trabalhadores discutiu com o prefeito a situação. A estimativa do sindicato é de que 80% das creches da Capital fecharam hoje.

Para confirmar o número, o sindicato promoveu uma espécie de chamada na Praça do Rádio, durante a assembleia, e confirmou o número de trabalhadores e representantes de Ceinfs presentes.

Após a reunião, Olarte pediu que os trabalhadores voltassem às funções. “Quero um gesto político de vocês, que voltem ao trabalho imediatamente. Caso contrário, temos armas e vamos usá-las”, disse o prefeito justificando a negativa em aumentar o reajuste da classe em razão da queda de arrecadação do município.

Uma nova reunião está marcada para às 17 horas de hoje entre o prefeito e os grevistas para nova discussão. A classe também promete uma mobilização amanhã (13) na Câmara Municipal da Capital. Os trabalhadores pedem reajuste de 10% (antes pediam correção de 20%) e diminuição da carga horária diária para 6 horas.

O grupo que protesta em frente à Prefeitura tem cartazes com frases que pedem reconhecimento. “Senhor prefeito, estamos lutando apenas para que a educação seja de qualidade” e “Manutenção da extensão da licença maternidade”. Em toda a Capital, 2,5 mil profissionais atuam no setor e 1,9 mil são terceirizados, que participam da paralisação.

De acordo com a assessoria da Prefeitura, ainda não há balanço em relação aos Ceinfs parados e o número está sendo checado pela Semed (Secretaria Municipal de Educação).

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