Traficante que ostentava boa vida trabalha em lavanderia de maternidade há 1 ano
Polícia identificou que ele movimentou valores muito acima do possível para profissão que disse ter
Um dos presos por integrar organização criminosa que traficava drogas e armas camufladas em tambores de lixo hospitalar, Matheus Araújo Benites, de 24 anos trabalhava há pouco menos de 1 ano na Maternidade Cândido Mariano. Ao ser abordado pela polícia, ele se apresentou como funcionário da unidade, onde estava desde agosto do ano passado.
Apesar de dizer que trabalhava na lavanderia da maternidade, a polícia identificou que Matheus mantinha estilo de vida muito acima do que era esperado. Recentemente ele havia comprado um carro 0 km e ostentava celular de última geração. Nas contas do rapaz, foram identificadas transações em valores em altos, de R$ 30 mil, R$ 40 mil e até R$ 100 mil. O Campo Grande News questionou a maternidade e aguarda nota retorno.
A Polícia Civil não divulgou o valor do patrimônio dos criminosos, mas informou que o valor movimentado pelo grupo é alto. Investigações estão mantidas para que equipe identifique se eles contavam com ajuda de laranjas. “A partir do momento que a pessoa aceita e fornece conta bancária para recebimento de qualquer valor, se enquadra como laranja e vai responder por lavagem de dinheiro”, explica a delegada Ana Cláudia Medina.
Outro preso, Sidney Correia Braga, disse em depoimento que, mesmo preso, não se arrependia de ter dado suporte ao grupo. O criminoso trabalhava em uma empresa paranaense, com sede em Campo Grande, que recolhia resíduos hospitalares de unidades de várias cidades do Estado, inclusive, da região de fronteira.
Segundo já apurou a polícia, a empresa para qual Sidney trabalhava não sabia que o ex-funcionário usava a função que exercia para cometer crimes. Membro do bando, era ele quem transportava armas e drogas até Campo Grande e que fazia a distribuição da carga em bairros da Capital.
O caso - Apreensão de 1.138 tonelada de maconha escondidas em tambores destinados ao transporte de material infectante revelou esquema de tráfico realizado pela quadrilha em Campo Grande. Dos seis presos em flagrante nesta quarta-feira (14), pelo menos três deles revelaram que não era a primeira vez que descarregam drogas da mesma situação.
Denúncias anônimas feitas a Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) e ao Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e Combate ao Crime Organizado) levaram as equipes a pátio próximo ao Hospital Adventista do Pênfigo, na saída para Sidrolândia, em Campo Grande.
De longe elas observaram a movimentação dos suspeitos, que descarregavam tambores de um caminhão e colocavam em outro, um pouco menor. Os policiais renderam o grupo de seis pessoas no local: Sidney Correia Braga, Rogério das Flores Fernandes, de 36 anos, Emerson Siqueira de Matos, de 24, Jhony Peterson Teles Gabilani, também com 24 anos, Matheus Araújo Benites, 24 e Caio Cesar dos Santos Oliveira, de 26 anos.
