Três são condenados e 4 absolvidos por matar e decapitar jovem
O crime aconteceu há 5 anos atrás, no dia 7 de outubro de 2017, em Campo Grande
Após 16 horas de julgamento de membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), três dos sete acusados de matar e decapitar Rudnei da Silva Rocha, o “Babidi”, de 22 anos, foram condenados em julgamento ocorrido ontem (8), na 1ª Vara do Tribunal do Júri em Campo Grande. O crime aconteceu há 5 anos atrás, no dia 7 de outubro de 2017, em Campo Grande.
O julgamento foi presidido pelo juiz Carlos Alberto Garcete, e por envolver facção criminosa, contou com esquema de segurança, feito por duas equipes do Batalhão de Choque.
Foram condenados: Cristiane Gomes Nogueira Rodrigues (19 anos de reclusão e pagamento de dez dias-multa por homicídio qualificado, organização criminosa, cárcere privado), Rodrigo Roberto Rodrigues (22 anos de reclusão e pagamento de dez dias-multa por homicídio qualificado, organização criminosa e cárcere privado) e Roberto Railson Maia da Silva (23 anos e seis meses de reclusão e pagamento de dez dias-multa por homicídio qualificado, organização criminosa e cárcere privado). Os três vão cumprir pena, inicialmente, em regime fechado.
Foram absolvidos: Ayume Chaves Silva, Rogério Silva, Lucas Carmona de Souza e Mike Davison Medeiros da Silva. Hamilton Roberto Dias Júnior também seria julgado nesta quinta-feira, mas como a advogada dele não pôde comparecer, o júri foi remarcado para outro dia.
Caso - Segundo a denúncia, nos dias 6 e 7 de outubro daquele ano, na Rua Internacional, no Jardim Santa Emília, os acusados mantiveram a vítima em cárcere privado até que fosse feito o julgamento dela pelo tribunal do crime. Rudnei foi condenado e decapitado porque era traficante de drogas e integrante do PCC, porém teria se filiado ao Comando Vermelho, facção rival. Para executar o crime, Ayumi cedeu sua casa para que o julgamento do rapaz fosse realizado.
Rodrigo, Roberto e Cristiane levaram Rudnei até o local, enquanto Lucas e Mike foram os responsáveis por contê-lo. Após o encerramento do julgamento conduzido por Cristiane, em conferência com outros integrantes do PCC, determinou-se a execução do rapaz. Na ocasião, Roberto levou Rudnei amarrado até o banheiro e lá mandou que ele deitasse no chão, com a cabeça dentro do box e as pernas em direção à porta. Enquanto a vítima tentava reagir, mesmo com as mãos e os pés amarrados, foi segurada por Rodrigo e decapitada.
Na sequência, os dois deixaram o corpo enrolado em um cobertor com a cabeça decepada ao lado em uma estrada vicinal da região do Bairro Indubrasil. A ré Cristiane também é acusada de corrupção de uma adolescente de 17 anos que participou do crime emprestando a sua casa para que fosse realizado o julgamento, que ocorreu em vários locais para não levantar suspeita da vizinhança.