Três são presos em operação contra corrupção e tráfico em presídio
Foram cumpridos os três mandados de prisão temporária durante a operação Chip, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), na manhã desta segunda-feira (12) para apurar os crimes de corrupção, peculato, tráfico de drogas e associação para o tráfico.
Dois dos presos foram identificados como Rafael Barreto de Freitas e o agente penitenciário da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciária), Cleiton Paulino de Souza, lotado no Instituto Penal de Campo Grande. O servidor foi preso em casa e levado para prestar esclarecimentos.
Há pouco mais de dois anos, Cleiton foi suspenso por 30 dias, por causa de uma informação repassada pelo Narcodenúncia. A publicação, a respeito da punição, foi feita no Diário Oficial do Estado no dia 3 de dezembro de 2014. O nome do terceiro detido ainda não foi divulgado. Além das prisões temporárias, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão.
Segundo apurado pelo Campo Grande News foram apreendidos vários documentos, inclusive da cantina do Instituto Penal. Ainda de acordo com informações, também foi alvo de busca e apreensão o Presídio de Corumbá, porém a assessoria de imprensa do Gaeco, não confirma que houve apreensão na cidade. A ação foi desencadeada após denúncias de favorecimento a presos.
Procurado, o diretor-presidente da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciária), Aud de Oliveira Chaves, informou por meio da assessoria de imprensa, que só vai se pronunciar no fim da operação.
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Neste ano, os sistema penitenciário foi alvo de diversas operações em Mato Grosso do Sul. No mês de abril, foi realizada a operação Desdita contra facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Em janeiro, foram realizas as operações Xadrez e Girve. Na primeira, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão, um de condução coercitiva e nove de prisão temporária em Corumbá.
No mesmo mês, a Girve fez buscas e apreensão na Agepen. Quatro dias após a ação, um dos alvos do Gaeco, o juiz aposentado Ailton Stropa Garcia, o então diretor-presidente da Agepen decidiu renunciar ao cargo.
Poder da cantina - A denúncia da operação Xadrez, realizada em 23 de janeiro, apontou crimes de peculato, falsidade de documentação e associação criminosa num esquema com irregularidades na administração de cantinas, venda de pães, gelo clandestino e interno, que do presídio, usava celular e ligava para o diretor do estabelecimento penal.
A cantina ainda ofertava itens proibidos, como arroz (usado na produção de bebida artesanal), chips de celular e remédios para disfunção erétil. No presídio, também foram encontrados 400 sacos de gelo, cada um de três quilos, sem nota fiscal. O gelo era fabricado com água e energia elétrica pagos pelo poder público. Um agente relatou ao Ministério Público que o comércio do gelo rendia R$ 9.600 por mês.